As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...
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federa<strong>da</strong>s são <strong>determinantes</strong> opostas para o mesmo fenômeno. Pode-se verificar como<br />
Sol<strong>da</strong>tos faz uso <strong>da</strong> ideia de diferença entre as uni<strong>da</strong>des subnacionais tanto pelo viés positivo,<br />
quanto negativo (GARCIA SEGURA, 1996). Quando determina<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des subnacionais<br />
estão em desvantagem na federação, se comparado com suas contrapartes, elas são<br />
incentiva<strong>da</strong>s à atuação paradiplomática no processo de <strong>As</strong>simetria <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des federa<strong>da</strong>s.<br />
Caso ocorra o contrário, ou seja, quando as uni<strong>da</strong>des federa<strong>da</strong>s apresentam características<br />
considera<strong>da</strong>s vantajosas, elas atuam internacionalmente devido ao fator do Crescimento <strong>da</strong>s<br />
uni<strong>da</strong>des federa<strong>da</strong>s.<br />
Essas <strong>determinantes</strong> não são necessariamente excludentes. Pode haver <strong>caso</strong>s em que<br />
a determinante de assimetria pode ser mais fun<strong>da</strong>mental do que o de crescimento; entretanto,<br />
para a explicação do fenômeno do país como um todo, baixo um modelo explicativo<br />
estatístico, essas duas <strong>determinantes</strong> tendem a se anularem, com a supremacia de apenas um<br />
<strong>dos</strong> fatores. Quando apresenta<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong>, poder-se-á <strong>da</strong>r mais detalhes sobre essa<br />
duali<strong>da</strong>de.<br />
3.1.6 “Me-tooism”<br />
O autor considera também como determinante local o “Me-tooism” ou o que se<br />
chamou de imitação. Há, nesses <strong>caso</strong>s, estímulo à <strong>paradiplomacia</strong> quando alguns governos<br />
<strong>locais</strong> seguem os passos <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des subnacionais com atuação transnacional já estrutura<strong>da</strong> e<br />
bem sucedi<strong>da</strong>. Por meio de um processo dinâmico de aprendizagem, a <strong>paradiplomacia</strong> é<br />
adota<strong>da</strong> pelos atores subnacionais. A ideia embuti<strong>da</strong> nessa determinante remete à criação de<br />
áreas internacionais por meio do compartilhamento, voluntário ou não, <strong>da</strong>s experiências<br />
existentes. Sol<strong>da</strong>tos exemplifica esse processo com as províncias canadenses e norte-<br />
americanas que, provavelmente, seguiram o modelo pioneiro do Quebec <strong>dos</strong> anos 1960 e<br />
1970 na América do Norte.<br />
Essa cópia ou adoção de políticas já existentes estão presentes em to<strong>dos</strong> os setores <strong>da</strong><br />
política doméstica, principalmente quando as medi<strong>da</strong>s adota<strong>da</strong>s por um governo trazem bons<br />
resulta<strong>dos</strong>. Na ativi<strong>da</strong>de paradiplomática, a imitação também é incentiva<strong>da</strong> pelo<br />
desconhecimento ou novi<strong>da</strong>de do fenômeno. A partir do momento em que há experiências<br />
exitosas e os resulta<strong>dos</strong> são colhi<strong>dos</strong> e divulga<strong>dos</strong> pelos atores participantes, a tendência é que<br />
outras uni<strong>da</strong>des federa<strong>da</strong>s, assim que entram em contato com elas, copiem-nas e sigam seus<br />
passos.<br />
Apesar de ser um processo lógico, são poucos os <strong>caso</strong>s em que a cópia é admiti<strong>da</strong><br />
pelos gestores <strong>locais</strong>. Muitos, embora não to<strong>dos</strong>, apontam que a ideia surgiu de situações<br />
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