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As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

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tamanho necessário <strong>da</strong> amostra de não-eventos. De forma geral, os autores sugerem começar<br />

em uma proporção de um para um, ou seja, amostras de 1 e 0 iguais e aumentando o tamanho<br />

<strong>da</strong> segun<strong>da</strong> na medi<strong>da</strong> em que os erros-padrão e os intervalos de confiança sejam pequenos o<br />

suficiente.<br />

O ideal é que esse número (a proporção entre o tamanho de 1s e 0s) fique entre dois e<br />

cinco, ou seja, que no máximo o número de zeros não seja maior que o quíntuplo de 1s.<br />

Conti<strong>da</strong> nessa ideia está a noção básica de que a partir do momento que o número de zeros<br />

ultrapassa os de 1, o ganho marginal de ca<strong>da</strong> inclusão de um novo 0 vá diminuindo. Em outras<br />

palavras, os ganhos com a adição de não-eventos não compensa os esforços de coletar mais<br />

observações.<br />

Os modelos que selecionam as amostras com a variável dependente como referencial<br />

só são eficientes e consistentes quando envolvem uma correção adequa<strong>da</strong>. O relogit trabalha<br />

com dois tipos de correção: os de weighting e os de prior correction. O primeiro se relaciona<br />

com a atribuição de pesos maiores para os 0s e menores para os 1s, na proporção de suas<br />

frequências na população. O segundo foca a correção <strong>dos</strong> padrões de estimação de máxima<br />

verossimilhança (maximum likelihood) para o intercepto , <strong>da</strong>do que na amostragem de case<br />

control, os outros coeficientes são consistentes e apenas a constante é enviesa<strong>da</strong>.<br />

Mesmo com a correção relativa às amostras, os coeficientes ain<strong>da</strong> são enviesa<strong>dos</strong><br />

para amostras de eventos raros. Os cálculos <strong>da</strong> correção do viés nos coeficientes de inclinação<br />

são bastante complexos, mas, de forma geral, pode-se dizer que o relogit estima o mesmo<br />

modelo de logit como no procedimento padrão, usando um estimador que fornece um erro <strong>da</strong>s<br />

médias quadráticas menor na presença de <strong>da</strong><strong>dos</strong> com eventos raros para os coeficientes, as<br />

probabili<strong>da</strong>des e os outros resulta<strong>dos</strong> deseja<strong>dos</strong>. Não serão demonstra<strong>da</strong>s as equações<br />

envolvi<strong>da</strong>s no estimador que estão presentes nos artigos de King e Zeng, mas o pacote<br />

estatístico fornecido por Tomz, King e Zeng (1999), fornece rapi<strong>da</strong>mente os resulta<strong>dos</strong> desses<br />

cálculos. Além disso, a base conceitual desses procedimentos numéricos acabou de ser<br />

coberta pelos parágrafos anteriores.<br />

No próximo capítulo será percebi<strong>da</strong> mais uma diferença entre o modelo logit<br />

tradicional e o relogit. Ela relaciona-se aos tipos de resulta<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> pelo modelo <strong>dos</strong><br />

eventos raros. No relogit, ao invés de reportar os coeficientes logit, apresentam-se os<br />

coeficientes corrigi<strong>dos</strong>, em vez de razões de chance (odds ratio), apresentam-se os resulta<strong>dos</strong><br />

em razão de riscos (risk ratio) ou riscos relativos (relative risks).<br />

<strong>As</strong> formas de reportar os resulta<strong>dos</strong> depois de ro<strong>da</strong>do o modelo serão detalha<strong>da</strong>s no<br />

próximo capítulo. O que importante notar a essa altura é que o relogit tem interface específica<br />

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