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As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

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Da mesma forma, analisa-se essa situação pela ótica <strong>dos</strong> riscos relativos ou razão de<br />

riscos. Ela compara a probabili<strong>da</strong>de de morte em ca<strong>da</strong> grupo ao invés <strong>da</strong>s chances. Para<br />

mulheres, a probabili<strong>da</strong>de de morte é de 33% <br />

. Para homens, a probabili<strong>da</strong>de é<br />

de 83% <br />

<br />

<br />

234<br />

. O risco relativo de morte é de 2,5 .<br />

Existe 2,5 mais<br />

<br />

probabili<strong>da</strong>de de morte de homens do que para mulheres.<br />

Quando se diz que essas noções são distintas é porque também trazem resulta<strong>dos</strong><br />

bastante discrepantes. Ambas as medi<strong>da</strong>s mostram que os homens eram mais prováveis de<br />

morrer, mas as conclusões ou formas de representar destoam (falar em dez vezes mais<br />

chances de homens morrerem no Titanic é bem diferente de dizer que a probabili<strong>da</strong>de deles<br />

morrerem é duas vezes e meio maior). Por isso, geralmente quando as pessoas pensam em<br />

probabili<strong>da</strong>de, elas têm em mente a ideia de riscos e não de chances.<br />

Quando, por exemplo, há dois grupos, um com uma mortali<strong>da</strong>de de 25% e outro com<br />

50%, as pessoas tendem a pensar que o segundo grupo está duas vezes pior que o primeiro,<br />

mas a razão de chances é de 3 (a razão de riscos que é 2). Outros exemplos são possíveis: o<br />

aumento <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong>de de 25% para 75% pode ser visto como um aumento em 3 vezes<br />

(que é a própria razão de riscos), mas na ver<strong>da</strong>de a razão de chances é de 9.<br />

Apesar de ser importante diferenciar os risks ratio <strong>dos</strong> odds ratio, já que os<br />

resulta<strong>dos</strong> do modelo relogit são disponibiliza<strong>dos</strong> <strong>da</strong>quela forma, quando os riscos de um<br />

evento acontecer são menores do que 10%, os valores <strong>da</strong> razão de chance e de risco são<br />

praticamente os mesmos (PRASAD et al, 2007). Até por esse motivo, acredita-se que os<br />

criadores do método não se preocuparam em fornecer os <strong>da</strong><strong>dos</strong> em razão de chances (o que<br />

seria mais lógico, já que o logit é a base do relogit).<br />

Para comprovar essa afirmação, montou-se um exemplo com os <strong>da</strong><strong>dos</strong> do próprio<br />

estudo. Disponibiliza-se o que seriam os cálculos <strong>da</strong>s razões de chance e de risco <strong>caso</strong> se<br />

estivesse interessado apenas nas probabili<strong>da</strong>des e não nos resulta<strong>dos</strong> do logit e do relogit (os<br />

números encontra<strong>dos</strong> nesse exemplo, portanto, não são os mesmos <strong>da</strong>s tabelas <strong>dos</strong> modelos,<br />

que envolvem uma série de interação entre as variáveis). Pretende-se mostrar como a<br />

diferença <strong>dos</strong> valores é mínima quando os eventos são raros. A tabela 24 mostra a tabulação<br />

entre a presença de áreas internacionais e o pertencimento à Faixa de Fronteira.<br />

Tabela 24 – Exemplo <strong>da</strong> semelhança entre OR e RR em eventos raros (front x aint)<br />

Área Internacional<br />

Não Área<br />

Internacional<br />

Total<br />

Fronteira 12 570 582<br />

Não Fronteira 75 4905 4980

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