16.04.2013 Views

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

só que desde a perspectiva conceitual. Entenderam-se quais são suas definições, suas críticas,<br />

seus mecanismos e como vem sendo trata<strong>da</strong>s pela literatura.<br />

Esta sessão busca contextualizar a <strong>paradiplomacia</strong> no modelo estatístico,<br />

introduzindo algumas noções básicas, principalmente, no que concerne à sua identificação e à<br />

sua transformação em indicadores (com respectivos <strong>da</strong><strong>dos</strong>, fontes e critérios de escolha).<br />

Tabela 2 - Variável dependente e indicador<br />

Variável dependente (Sol<strong>da</strong>tos) Nossa variável dependente Indicador<br />

Paradiplomacia Ativi<strong>da</strong>de paradiplomática Presença de áreas internacionais<br />

3.3.1 Identificação de uma política exterior subnacional<br />

Segundo Salomón (2007, p.11), questão metodológica fun<strong>da</strong>mental para analistas<br />

reconhecerem uma política exterior subnacional quando a veem é “¿Cuáles son los<br />

indicadores que se tienen em cuenta?” A existência de instâncias institucionais encarrega<strong>da</strong>s<br />

de desenvolver ou coordenar políticas externas, em sua perspectiva, parece razoável.<br />

Essa noção traz um tipo de concretude que dificilmente pode ser alcança<strong>da</strong> quando a<br />

áreas internacionais não estão presentes. A própria definição de <strong>paradiplomacia</strong> é controversa<br />

na literatura e adotar um de seus conceitos não garante maior simplici<strong>da</strong>de de mensuração.<br />

Isso quer dizer que o objeto de estudo tem uma série de característica, sendo uma <strong>da</strong>s mais<br />

marcantes sua fluidez. Diante desse cenário, é crucial definir-se um tipo de indicador que dê<br />

segurança cabal para o estudo.<br />

Com isso, podem-se desconsiderar iniciativas que seriam classifica<strong>da</strong>s como<br />

paradiplomáticas, mas que por não partirem de um tipo de burocracia específica não serão<br />

considera<strong>da</strong>s. Essa possibili<strong>da</strong>de é assumi<strong>da</strong>, porém também defende-se que aquelas<br />

ativi<strong>da</strong>des mais bem estrutura<strong>da</strong>s e pensa<strong>da</strong>s estrategicamente atingirão nível de maturi<strong>da</strong>de<br />

que requererão, necessariamente, áreas internacionais nas administrações municipais. Nesse<br />

sentido, concor<strong>da</strong>-se com Salomón e Nunes (2007, p.105) quando defendem que “a criação de<br />

uma estrutura institucional específica de relações internacionais no aparato administrativo de<br />

um governo subnacional denota não o começo de uma atuação internacional, mas sua<br />

intensificação e a vontade de agir mais organiza<strong>da</strong>mente do que até então.”<br />

Além disso, é ca<strong>da</strong> vez mais constante contatos diretos entre burocracias de temas<br />

específicos de governos centrais (entre ministérios <strong>da</strong> saúde de países, por exemplo). No<br />

âmbito local isso não é diferente; no entanto, a<br />

143

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!