As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...
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Analisou-se até o momento a apresentação exaustiva do logit e <strong>dos</strong> seus resulta<strong>dos</strong>.<br />
Alguém poderia perguntar a essa altura por que se perdeu tanto tempo com uma metodologia<br />
que nem é o foco <strong>da</strong> dissertação.<br />
Essa questão é importante e envolve três respostas básicas, que são relaciona<strong>da</strong>s<br />
entre si: primeiramente, o logit e o relogit compartilham os mesmos pressupostos e<br />
problemas, portanto, ao verificar os <strong>da</strong><strong>dos</strong> para o logit, automaticamente se está melhorando o<br />
modelo do relogit; em segundo lugar, o relogit é uma correção <strong>dos</strong> estimadores do logit, nesse<br />
sentido, saber como o logit funciona e quais os seus coeficientes é fun<strong>da</strong>mental para entender<br />
o quanto as correções para o logit são importantes ou até necessárias; por fim, <strong>caso</strong> se chegue<br />
à conclusão de que as correções do logit não são relevantes para estimar os eventos raros,<br />
to<strong>da</strong>s as informações apresenta<strong>da</strong>s até aqui podem ser considera<strong>da</strong>s suficientes e replica<strong>da</strong>s<br />
para futuras conclusões.<br />
Sobre o último ponto, pode-se deixar mais claro o que envolve o processo de escolha<br />
entre o logit e o relogit. Como os próprios criadores do modelo afirmam, quando o relogit faz<br />
diferença, ele melhora os estimadores, e quando não faz, ele mantém os valores do logit, nesse<br />
sentido, vale a pena testar sua utili<strong>da</strong>de porque geralmente ele envolve os mesmos<br />
procedimentos do logit e, quando ro<strong>da</strong>do no STATA, eles são praticamente a mesma coisa<br />
(KING;ZENG, 2001a, 2001b).<br />
A escolha envolve duas noções, a primeira, quando os coeficientes mu<strong>da</strong>m<br />
significativamente e a segun<strong>da</strong>, se não, quando se deve mu<strong>da</strong>r de modelo. Enquanto que<br />
aquela independe <strong>da</strong> opção do pesquisador, ou seja, se o modelo se diferencia de forma<br />
contundente, então cabe a ele, quase que obrigatoriamente, aplicar o relogit; esta depende do<br />
que o investigador entende por diferença relevante, e aí ele pode optar discricionariamente<br />
pelo logit ou relogit. Os próprios autores não defendem qual seria essa diferença relevante,<br />
mas o bom senso é a arma do pesquisador responsável.<br />
O que se busca inferir com essa discussão é que aqueles que, diferentemente desta<br />
pesquisa, acharem, basea<strong>dos</strong> nos scores, desnecessária a aplicação <strong>da</strong> regressão logística <strong>dos</strong><br />
eventos raros para o <strong>caso</strong> <strong>da</strong> <strong>paradiplomacia</strong>, podem utilizar os <strong>da</strong><strong>dos</strong> que foram levanta<strong>dos</strong><br />
até o momento. Eles não podem ser considera<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> erra<strong>dos</strong> ou incorretos, apenas um<br />
pouco menos acura<strong>dos</strong> (e deve-se avisar desde já que a diferença é mínima entre os modelos).<br />
A opção desta pesquisa foi pelo relogit a fim de maximizar todo e qualquer nível de<br />
acurácia possível pela estatística. Foi feito dessa forma com a seleção <strong>dos</strong> <strong>caso</strong>s, com as<br />
variáveis e com os pressupostos, e assim manteve-se com relação aos resulta<strong>dos</strong>. Como<br />
qualquer tipo de opção, existem custos e benefícios. Quem decidir aceitar os valores do logit<br />
terá mais recursos disponíveis (a populari<strong>da</strong>de do modelo fez com que muitos metodologistas<br />
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