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As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...

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Em relação às <strong>determinantes</strong> políticas <strong>da</strong> segmentação objetiva e perceptiva,<br />

encontra-se relevância parcial. Enquanto que a variável Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores foi<br />

estatisticamente significante para prever a presença de áreas internacionais, a variável<br />

oposição/base alia<strong>da</strong> não se comportou <strong>da</strong> mesma forma.<br />

A questão <strong>da</strong> combinação ou diferenciação do partido do prefeito em relação ao<br />

grupo partidário de sustentação do governo federal não é, de acordo com os <strong>da</strong><strong>dos</strong>,<br />

relaciona<strong>da</strong> à <strong>paradiplomacia</strong> municipal no país. Os números corroboram a tese de Vigevani e<br />

Prado (2009) para o Brasil, alinham-se ao <strong>caso</strong> mexicano estu<strong>da</strong>do por Farfán e Schiavón<br />

(2005) e vão de encontro à tese de Kincaid (1984), ou seja, ser <strong>da</strong> oposição ou <strong>da</strong> base alia<strong>da</strong><br />

do governo central não representa um fator relevante para a ativi<strong>da</strong>de transnacional <strong>dos</strong><br />

governos <strong>locais</strong> brasileiros.<br />

A questão partidária relaciona<strong>da</strong> ao fato de o município ser governado pelo Partido<br />

<strong>dos</strong> Trabalhadores, diferentemente, encontrou respaldo no modelo estatístico. A probabili<strong>da</strong>de<br />

de um município possuir área internacional é 290% maior num município governado pelo PT<br />

do que nos demais, manti<strong>da</strong>s as outras variáveis inaltera<strong>da</strong>s. Isso corrobora,<br />

quantitativamente, os argumentos já apresenta<strong>dos</strong> por Salomón (2011) em <strong>caso</strong>s específicos, e<br />

vai contra a noção de Vigevani e Prado (2009), de que a variável “partido” não se relaciona<br />

diretamente com a <strong>paradiplomacia</strong>.<br />

No capítulo 3, foram apresenta<strong>dos</strong> os argumentos que estes dois últimos autores<br />

utilizam para defender suas teses, mas olhando para to<strong>dos</strong> os <strong>municípios</strong> brasileiros e to<strong>da</strong>s as<br />

áreas internacionais existentes, é possível traçar a relação entre o PT e a <strong>paradiplomacia</strong>. Ao<br />

contrário <strong>da</strong> variável econômica, os fatores político-partidários ou, de forma específica, o<br />

Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores é uma determinante local <strong>da</strong> <strong>paradiplomacia</strong> <strong>dos</strong> governos <strong>locais</strong><br />

brasileiros.<br />

Do ponto de vista <strong>da</strong>s características sociais, tanto a presença de instituições de<br />

ensino superior é estatisticamente significante, quanto o IDH se mostrou um bom previsor<br />

para a existência de áreas internacionais nos <strong>municípios</strong> brasileiros. Projeta-se a ideia que a<br />

<strong>paradiplomacia</strong> possui relação com o nível de desenvolvimento local, que não<br />

necessariamente representa riqueza ou desenvolvimento puramente econômico (<strong>da</strong>do que as<br />

variáveis que as medem diretamente foram excluí<strong>da</strong>s do modelo por não serem significantes a<br />

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