As determinantes locais da paradiplomacia: o caso dos municípios ...
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Uma <strong>da</strong>s formas mais simples de atingir essa inferência é por meio <strong>da</strong> média. Viu-se<br />
anteriormente que ela é uma boa medi<strong>da</strong> de tendência central, apesar de alguns problemas,<br />
como a suscetibili<strong>da</strong>de a valores extremos; algumas quali<strong>da</strong>des, no entanto, favorecem a sua<br />
utilização como modelo estatístico, a exemplo de sua estabili<strong>da</strong>de ao longo de diversas<br />
amostras. Esses aspectos serão aprofun<strong>da</strong><strong>dos</strong> a seguir.<br />
A média é um valor hipotético que representa <strong>da</strong><strong>dos</strong> que são, de fato, observa<strong>dos</strong>.<br />
Usando mais uma vez o exemplo <strong>da</strong> sessão anterior, dizer que a média do grupo é de 40 anos,<br />
esclarece bastante, ao permitir que não se analisem to<strong>da</strong>s as pessoas com as respectivas<br />
i<strong>da</strong>des. A ideia de hipotético é justamente mostrar que esse valor não necessariamente existe<br />
na base de <strong>da</strong><strong>dos</strong> (na ver<strong>da</strong>de, ninguém do grupo tinha 40 anos), mas que é uma representação<br />
do grupo (<strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>) como um todo.<br />
Como na maioria <strong>dos</strong> testes estatísticos, pode-se determinar se o modelo é acurado<br />
olhando quão diferente os <strong>da</strong><strong>dos</strong> reais são do modelo criado. Uma forma de fazer isso no<br />
modelo de médias é calcular o desvio (distância) entre os scores <strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> e <strong>da</strong> média. Esse<br />
desvio pode ser pensado como erro entre os <strong>da</strong><strong>dos</strong> observa<strong>dos</strong> e os previstos. Pode-se medir a<br />
magnitude <strong>dos</strong> desvios pela subtração <strong>da</strong> média (valor hipotético) pelos valores reais. Cabe<br />
notar que como alguns <strong>da</strong><strong>dos</strong> estarão subestima<strong>dos</strong> e outros superestima<strong>dos</strong>, há valores<br />
positivos e negativos decorrente dessas operações.<br />
De posse de ca<strong>da</strong> desvio, testa-se a acurácia do modelo por meio de sua soma,<br />
chegando ao erro total do modelo. O problema dessa operação é que seu resultado final é zero<br />
(em decorrência <strong>dos</strong> sinais troca<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> desvios). Deve-se evitar a anulação <strong>da</strong> soma e,<br />
matematicamente, isso é feito pela elevação de ca<strong>da</strong> um <strong>dos</strong> desvios antes <strong>da</strong> soma, buscando<br />
obter somente números positivos.<br />
A soma <strong>dos</strong> desvios quadráticos (SS) é o resultado dessa transformação e uma boa<br />
medi<strong>da</strong> de acurácia do modelo. Ela pode ser expressa por:<br />
<br />
Um problema é que ela é dependente do número de observações, porque quanto<br />
maior a quanti<strong>da</strong>de de <strong>caso</strong>s, maior será o valor <strong>da</strong> soma. Para evitar essa distorção, divide-se<br />
o valor <strong>da</strong> soma pelo número de observações (N), conseguindo a média <strong>dos</strong> erros. Se o<br />
interesse é apenas a média de erros <strong>da</strong> amostra a divisão pelo N é suficiente, mas geralmente o<br />
que se busca é a media de erros para a população. Para esses <strong>caso</strong>s, divide-se a soma pelos<br />
graus de liber<strong>da</strong>de.<br />
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