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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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como espaço de palavra e trabalho coletivo (no qual cada um encontra espaço para aprender o<br />

que lhe interessa, sen<strong>do</strong> que o professor estrutura as trocas nas quais cada um encontra<br />

interesse). Assim, a intervenção direta da professora, na medida em que se constitua em uma<br />

mediação, pode ser uma ação interessante.<br />

102<br />

Para tanto, porém, a mediação deve possibilitar ao aluno a confiança para superar<br />

desafios, realizar provocações que o levem a refletir sobre suas produções, proporcionar um<br />

estímulo para que ele possa repensar suas hipóteses, fortalecer suas iniciativas e favorecer o<br />

desenvolvimento e a aprendizagem de cada aluno. Pode, assim, constituir-se numa ação<br />

<strong>pedagógica</strong> importante para que cada aluno seja atendi<strong>do</strong> em suas necessidades, em seu<br />

percurso de formação.<br />

b) Atitudes de acolhimento<br />

Dentro <strong>do</strong> eixo de discussão “atitudes”, outro atributo aponta<strong>do</strong> pelas professoras como<br />

sen<strong>do</strong> <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> para valorizar a diferença é o que podemos chamar de “atitudes de<br />

acolhimento”: atitudes que possibilitam a participação e a interação entre as crianças, que<br />

impedem ou cerceiam atos de preconceito ou discriminação na sala de aula, ou seja, atitudes<br />

consideradas como “aspecto social” da inclusão escolar.<br />

A interação entre as pessoas, com atitudes de respeito e compreensão, são aspectos<br />

fundamentais no processo de inclusão escolar, mas não encerram sua implementação, uma<br />

vez que incluir implica garantir a máxima aprendizagem possível a to<strong><strong>do</strong>s</strong>. Entretanto, sem<br />

interação, participação e respeito esta aprendizagem também não se concretiza.<br />

Nos depoimentos abaixo, podemos perceber um envolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> em<br />

garantir o direito de to<strong><strong>do</strong>s</strong> e a coibir discriminações e preconceitos na sala de aula:<br />

Outra coisa que eu acho importante é que essas crianças possam participar<br />

de tu<strong>do</strong> com os outros, no começo tinha alunos que falavam ele é retarda<strong>do</strong>.<br />

E eu fui trabalhar isso na sala, disse que não queria ouvir mais isso, eu não<br />

quero. Eles são iguais a vocês. (GD –P11)<br />

No começo, quan<strong>do</strong> ele entrou, eu ouvia, a ele é retarda<strong>do</strong>, mas falei com a<br />

classe, fui enérgica com eles. Acabou isso. Nunca mais ouvi eles falarem.<br />

Agora eles falam: agora é sua vez “X” ... (GD –P1)

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