06.05.2013 Views

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

alterações na identidade <strong>do</strong> “ser professor”, construída sobre as bases de uma escola<br />

tradicional.<br />

162<br />

Segun<strong>do</strong> Schlünzen (2000), na escola tradicional o professor exercia o papel de “<strong>do</strong>no<br />

<strong>do</strong> saber”, repassa<strong>do</strong>res de informação; hoje, para que atenda a finalidades contemporâneas da<br />

educação, o professor é aquele que desenvolve sua afetividade e conscientização político-<br />

social, dentro de uma visão holística, ven<strong>do</strong>-se como parte de um to<strong>do</strong>.” (p.61)<br />

Assim, concordamos ainda com González (1993), ao dizer que somos responsáveis pelo<br />

futuro que criamos no viver, no agora, caben<strong>do</strong> a “cada ser humano, como sujeito <strong>do</strong> sistema<br />

social, viver as condutas que movimentam a balança em direção de um outro <strong>do</strong>mínio<br />

interativo.” (p.69)<br />

Nesta questão, retomamos como os <strong>professores</strong> têm vivi<strong>do</strong> as questões da diferença no<br />

fazer pedagógico, a maneira como têm organiza<strong>do</strong> o <strong>ensino</strong>, através <strong>do</strong> planejamento e<br />

meto<strong>do</strong>logia que têm a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para valorizar a diferença na sala de aula. Consequentemente<br />

encontramos variações entre diferentes maneiras de planejar a atividade, e, dentre elas<br />

destacamos:<br />

planejamento à parte somente para o aluno com dificuldade ou com deficiência;<br />

adaptação de atividades para o aluno dentro da mesma temática desenvolvida na<br />

classe;<br />

a mesma proposta para a classe toda na qual cada um faz de acor<strong>do</strong> com o que sabe;<br />

várias atividades para que os alunos da classe escolham.<br />

Embora tais planejamentos nos sugeria princípios e fundamentos diferentes, são, em<br />

alguns casos, antagônicos (como por exemplo a consideração <strong>do</strong> planejamento adapta<strong>do</strong><br />

apenas para uma criança, em contraposição ao planejamento que propõe várias atividades para<br />

que todas as crianças possam escolher). Neste processo, é de <strong>fundamental</strong> importância que o<br />

professor tenha a percepção para definir os momentos em que ora organizaram de uma<br />

maneira, ora de outra.<br />

Tal situação nos revela uma <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> ainda em construção, em processo de<br />

validação pela experiência, fruto <strong>do</strong> momento de transição em que nos situamos. Por um la<strong>do</strong>,<br />

as atitudes variadas, por vezes contraditórias, revelam a fragilidade das mudanças<br />

empreendidas. Por outro la<strong>do</strong>, porém, a busca por novas <strong>prática</strong>s revela um declínio da<br />

concepção tradicional <strong>do</strong> “ser professor”, não mais percebida como viável diante das atuais<br />

necessidades.<br />

A iniciativa de arriscar <strong>prática</strong>s diferentes das tradicionais, ou seja, planejar o <strong>ensino</strong> de<br />

diferentes maneiras, pode ser algo interessante e educativo, desde que o professor tenha a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!