06.05.2013 Views

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1.1.2.“Quem cabe no seu to<strong><strong>do</strong>s</strong>” ou: o paradigma da inclusão<br />

Em consonância com o Movimento de Educação para To<strong><strong>do</strong>s</strong>, caminha o movimento de<br />

inclusão. O termo inclusão tem si<strong>do</strong> erroneamente compreendi<strong>do</strong> como a inserção, no <strong>ensino</strong><br />

regular, de alunos com deficiência ou mesmo como sinônimo de integração. Embora<br />

integração e inclusão não sejam sinônimos, é importante, ao discutir a inclusão, fazer<br />

referência ao movimento histórico para se chegar aos dias atuais.<br />

Sassaki (1997) refere-se ao movimento de inclusão passan<strong>do</strong> por quatro fases:<br />

I- EXCLUSÃO: anterior ao século XX, na qual as pessoas com deficiência eram<br />

consideradas indignas de educação escolar, sen<strong>do</strong> confinadas ao lar ou a instituições<br />

como asilos, sanatórios, etc.<br />

II- SEGREGAÇÃO: no século XX, em mea<strong><strong>do</strong>s</strong> da década de 50. Diante <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

questionamentos <strong><strong>do</strong>s</strong> pais, começa-se a considerar a necessidade de educação para os<br />

deficientes, porém com “atendimento especial”, “material especial”, “professor<br />

especial”... Datam dessa época as escolas especiais e, mais tarde, as classes especiais<br />

dentro de escolas comuns. Torna-se um movimento revolucionário para a época, na<br />

medida em que passa a considerar as pessoas com deficiência dignas de educação, o que<br />

até então não ocorria. O Sistema público passa a funcionar com <strong>do</strong>is subsistemas: A<br />

Educação Comum e a Especial.<br />

III- INTEGRAÇÃO: Perto da década de 70, inicia-se uma mudança filosófica importante:<br />

escolas comuns passam a “aceitar” crianças ou a<strong>do</strong>lescentes com deficiência na classe<br />

comum, desde que conseguissem se adaptar à escola comum. A ideia pre<strong>do</strong>minante é a<br />

da normalização/reabilitação: a criança deveria se adaptar a escola, ser “reabilitada”<br />

para atender aos “ideais” sociais. Poucas crianças foram integradas ao <strong>ensino</strong> comum, e<br />

as inseridas, aos poucos retornavam para o <strong>ensino</strong> especial.<br />

IV- INCLUSÃO: A partir da década de 80, começa-se a discutir que a escola é que deveria<br />

se “adaptar” para atender de maneira satisfatória a toda a sociedade, aceitan<strong>do</strong> as<br />

diferenças e limitações de seus membros.<br />

É importante observar que embora a Inclusão esteja se tornan<strong>do</strong> um paradigma<br />

hegemônico nos dias atuais, os pressupostos anteriores ainda fazem parte <strong>do</strong> ideário de muitos<br />

pais e educa<strong>do</strong>res, ainda que a realidade nos mostre que tais pressupostos não possibilitaram o<br />

30

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!