A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

eflete uma preocupação com as diferenças individuais, ao valorizar a forma com a qual o
aluno melhor se expressa, sem abdicar, no entanto, de estimulá-lo a enfrentar os obstáculos
para outras aprendizagens.
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Nos relatos das professoras P4 e P1, conforme pode ser observado abaixo, a
participação oral da criança é valorizada e permite avaliar o nível de compreensão que o
aluno teve do assunto trabalhado.
Mas aí não tem problema! Em história, geografia, ciências, se ajudar a
interpretar, eles sabem, eles falam oralmente isso!! (GD -P4)
Eu fiz uma avaliação escrita com eles sobre esse assunto,com ela, lógico, eu
fiz oralmente porque ela não ia saber escrever isso, mas eu acho que ficou
muito vago, eu acho que a questão do mundo, que gira, ela entendeu, até
porque ela viu, é o globo girando, mas eu não sei se ela sabe que ela mora
no mundo (GD P1)
Segundo Hoffmann (2003), a ação avaliativa mediadora ocorre na proximidade entre
educador e educando, no “conhecimento das possibilidades dos educandos de contínuo vir a ser,
desde que lhe sejam oferecidas as oportunidades de viver muitas e desafiadoras situações de vida,
desde que se confiem neles diante dos desafios que lhe oportunizamos”. (p.150)
Em outro depoimento da professora P4, observamos a valorização daquilo que os alunos
conseguem expressar verbalmente acerca do assunto tratado, além da compreensão da real
dificuldade enfrentada pela criança.
Quando eu vi os outros alunos, porque eu acho que contribuem falando,
muitas vezes chega um e fala que foi mal, aí eu falo, deixa eu ver então, eu
vi, e falei, vamos fazer o seguinte: eu vou lendo e vocês vão fazendo.
Peguei questão por questão, li o texto, li a questão e agora, o que vocês
acham? Mas e daí? Pronto? e vai fazendo as perguntinhas, aí que vão
fazendo. Ou seja, a dificuldade ali era de ler e interpretar, né? Então eu
percebi isso aí: história e geografia, não é o problema, o problema tem na
sala é a leitura, a escrita e o cálculo. (GD P4 – grifo nosso)
A compreensão do motivo pelo qual a criança errou é fundamental para que se
estabeleçam ações pedagógicas mediadoras, pois, ao compreender o raciocínio da criança, a
professora pode questionar, indagar, auxiliar a criança a pensar em novas possibilidades e,
assim, superar o erro.
P2 - [Sobre a compreensão de conteúdos mais abstratos] consegue sim...