A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

Na Rede Municipal, tais discussões desencadearam diferentes ações que, embora com
outras nuances, muitas delas permanecem até hoje, das quais destaco:
• Formação continuada (grupos de estudo, cursos, palestras com profissionais
referência na área, enfoque nas HTPCs 3 das escolas, entre outros), com temáticas
gerais e específicas;
• Implantação de serviços de apoio especializado (salas de recursos para alunos com
deficiência mental, física, visual, auditiva e condutas típicas/transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade, Serviço de Itinerância, Centro de Avaliação e
Acompanhamento, promovendo alguns atendimentos clínicos).
No decorrer deste processo, no ano 2000, assumi a coordenação dos projetos de apoio
especializados e ações que buscavam promover a inclusão escolar.
Neste momento cabe destacar ainda a ajuda da Prof. Dra. Marilda Moraes Garcia Bruno.
Na época ela era consultora do MEC em assuntos de inclusão, além de estar em fase de
conclusão de seu doutorado no curso de pós-graduação da UNESP campus de Marília.
Através de um contrato com a Secretaria Municipal de Educação, a professora nos prestou
uma assessoria valiosa, nos auxiliando a discutir com a escola a necessidade, dentre outros
aspectos, de se rever seu Projeto Político Pedagógico, a avaliação da aprendizagem, bem
como os serviços de apoio especializados. Foi uma ajuda importante, num momento de
direcionamento de ações.
No ano de 2003, o município de Presidente Prudente tornou-se pólo do Programa
“Educação Inclusiva: Direito à Diversidade” do MEC/SEESP, viabilizando outras ações de
formação, como seminários internos, seminários regionais envolvendo outros municípios da
região (área de abrangência estabelecida pelo MEC/SEESP), bem como a participação da
coordenação do programa em seminários nacionais. Junto a uma colega de trabalho assumi a
coordenação desse programa, na SEDUC. Tal experiência foi relevante, pois dentre a
aprendizagem, por meio dos seminários, pude perceber que muitas das dificuldades presentes
em nosso município são semelhantes às enfrentadas pelos demais municípios do Brasil. Ao
conhecer outras experiências, tornou-se um pouco mais claro o que ainda nos falta construir,
mas também pude valorizar o caminho já percorrido.
A direção tomada pela Rede Municipal com relação ao processo de inclusão passou por
situações peculiares: a princípio, acreditávamos que o essencial era a sensibilização
profissional para aceitar as pessoas com deficiência e que bastava compreender e saber “como
3 HTPC- Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo que, na Rede Municipal, corresponde a 4 horas semanais
remuneradas, fora do horário de trabalho da sala de aula.
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