A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

os alunos e o conhecimento é ampliada significativamente, havendo a oportunidade de o
aluno expor o que sabe, o que já construiu.
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Percebe-se também no depoimento da professora P15, a consideração do conhecimento
prévio do aluno como fator responsável pelo sucesso da proposta:
[Por que acredita que a atividade deu certo] Porque ele se interessou e tinha
um “conhecimento” sobre o assunto. (P15)
Na maioria dos depoimentos apresentados, a ideia de projetos aparece associada à
realização de trabalhos em grupos, à colaboração entre alunos e à utilização de diferentes
formas de expressão, possibilitando, em vários casos, a exploração da temática pelos alunos,
de acordo com suas experiências anteriores.
A utilização de projetos como uma maneira de organizar e enfocar os conteúdos
escolares não é nova, mas a cada dia tem ganhado novas proporções, principalmente quando
consideramos a necessidade de ligar a escola à vida. Eles podem favorecer e valorizar as
experiências próprias de cada criança, envolver o conhecimento que ela traz de casa, de sua
cultura, permitindo ainda integrar áreas de conhecimentos e favorecer a interação entre os
alunos, a vivência de atitudes de solidariedade, respeito, confiança.
Tais propostas, entretanto, parecem ainda em fase de desenvolvimento do ponto de vista
dos saberes dos professores, ocorrendo, ao que parece, em momentos específicos da prática
pedagógica.
3.2.2.4 Uso de diferentes formas de expressão e de materiais de apoio diversos
Outra atividade significativa apontada pelos professores diz respeito à participação oral
dos alunos, quando há oportunidade de eles expressarem seus conhecimentos, não apenas pela
escrita, mas através da linguagem oral, da verbalização de suas ideias e experiências.
E tudo assim que eu fiz com a sala durante o ano ele participou junto,
tudo.[...] Olha, texto, assim, teve a hora da leitura, e ele respondia assim,
oralmente, assim, oralmente. Menina eu ficava assim, ele ficava assim que
nem pisca, porque ele ama, né, ama livros, e ele respondia. E ele
perguntava: mas por quê? Por quê? Sempre perguntando. Por que ele
ama, ama. E eu falo, até hoje, para a professora “Y” [professora que está