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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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3.4. As <strong>prática</strong>s <strong>pedagógica</strong>s e os pressupostos oficiais da Educação Inclusiva<br />

157<br />

Pelos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong> podemos observar que vários elementos cita<strong><strong>do</strong>s</strong> pelas<br />

professoras mantêm uma íntima relação com os pressupostos oficiais da educação inclusiva,<br />

ou mesmo de discussões acerca da <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> presentes no cenário acadêmico.<br />

Dentre tais elementos, podemos citar aqueles já menciona<strong><strong>do</strong>s</strong> como representativos de<br />

uma <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> adequada para valorizar a diferença: as atitudes perante os alunos<br />

(acolhimento, mediação, trabalho com regras), o planejamento e meto<strong>do</strong>logia de <strong>ensino</strong> (o<br />

uso de atividades significativas, de diferentes formas de expressão, trabalho de grupos,<br />

trabalhos colaborativos, meto<strong>do</strong>logia de projetos, avaliação diária da criança, formativa e<br />

media<strong>do</strong>ra).<br />

Tais elementos têm compareci<strong>do</strong> tanto em <strong>do</strong>cumentos oficiais já cita<strong><strong>do</strong>s</strong> anteriormente,<br />

como também na literatura utilizada em cursos de formação de <strong>professores</strong>, ou mesmo de<br />

formação continuada.<br />

Ainda que considerarmos lacunas encontradas na formação de <strong>professores</strong> – inicial ou<br />

continuada, os elementos cita<strong><strong>do</strong>s</strong> revelam certa incorporação pelo professor de conceitos<br />

importantes, seja em seu discurso ou mesmo em sua <strong>prática</strong>.<br />

Conforme aponta Tardif (2007), o saber <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> é um saber plural, provin<strong>do</strong> de<br />

diferentes fontes. As <strong>do</strong>utrinas e concepções normativas que orientam a atividade educativa<br />

constituem os saberes da formação profissional.<br />

Nestes saberes situamos as propostas oficiais a respeito da <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> inclusiva.<br />

Porém, tais saberes não são os únicos nem tampouco definitivos, uma vez que as disposições<br />

organizadas e adquiridas em função da <strong>prática</strong> real é o que lhes permitem enfrentar os<br />

condicionantes da profissão. É através <strong>do</strong> contexto da socialização profissional, ao se<br />

depararem com as contingências cotidianas, que os <strong>professores</strong> aprendem a <strong>do</strong>minar seu<br />

ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que se inserem nele e o interiorizam por meio de<br />

regras de ação que se tornam parte integrante de sua consciência <strong>prática</strong>. (TARDIF, 2007,<br />

p.13)<br />

Assim, podemos perceber, pelos depoimentos encontra<strong><strong>do</strong>s</strong>, que os saberes profissionais<br />

evidenciam aspectos das propostas oficiais, mas não a reconstituem em sua íntegra.<br />

Tais conceitos comparecem de maneira um tanto difusa, contraditória, ora presentes ora<br />

ausentes, nem sempre fruto de uma reflexão crítica, coletiva e sistemática sobre o seu<br />

fundamento e significa<strong>do</strong>. Eles revelam certo efeito das ações de formação diante <strong><strong>do</strong>s</strong> dilemas

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