A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
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é o deficiente” e “conhecer as características das deficiências” e oferecer serviços<br />
especializa<strong><strong>do</strong>s</strong> para efetivar um processo de inclusão. Foram organiza<strong><strong>do</strong>s</strong> vários cursos,<br />
palestras, oficinas, justamente com esse objetivo: sensibilizar, conhecer quem é a pessoa com<br />
deficiência.<br />
Embora tais ações tenham possibilita<strong>do</strong> uma maior aceitação da criança com deficiência,<br />
não ofereceram resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> significativos para a sala de aula. De certa maneira, elas acalmaram<br />
os <strong>professores</strong>- muitos relatavam sentirem um mínimo de segurança mediante essas<br />
informações. Porém, surgiram outros questionamentos tanto nas situações de formação quanto<br />
nas visitas <strong>do</strong> professor itinerante 4 , tais como:<br />
• O que fazer para possibilitar a aprendizagem de alunos com ritmos tão diferentes?<br />
• O que propor para que avancem na leitura e na escrita enquanto grande parte da<br />
classe já lê e escreve com fluência?<br />
• Como fazer para que compreendam conceitos matemáticos abstratos quan<strong>do</strong> o<br />
pensamento é pré-operatório e poucos realizavam ações em nível de pensamento?<br />
• E os casos de deficiência com quadros mais severos? O que fazer para incluí-los nas<br />
atividades da classe?<br />
• Dentre outros.<br />
Ao pensar nas ações necessárias para promover a inclusão escolar, cabe refletir ainda<br />
sobre a figura <strong>do</strong> “professor itinerante”. De acor<strong>do</strong> com os <strong>do</strong>cumentos oficiais, caracteriza-se<br />
por ser um:<br />
serviço de orientação e supervisão <strong>pedagógica</strong> desenvolvida por <strong>professores</strong><br />
especializa<strong><strong>do</strong>s</strong> que fazem visitas periódicas ás escolas para trabalhar com os<br />
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e com seus<br />
respectivos <strong>professores</strong> da classe comum da rede regular de <strong>ensino</strong><br />
(MEC/SEESP, 2005a, p.50).<br />
O serviço de itinerância na SEDUC foi implanta<strong>do</strong> com alguns cuida<strong><strong>do</strong>s</strong> e<br />
peculiaridades em relação ao <strong>do</strong>cumento oficial: os <strong>professores</strong> itinerantes são os mesmos que<br />
trabalham em sala de recursos (no intuito de compreender melhor a criança) e seu enfoque<br />
está em estabelecer um trabalho conjunto com o professor da sala comum e refletir<br />
conjuntamente sobre as necessidades da criança. Em suas visitas a sala comum, eles observam<br />
a criança em sala de aula e discutem com a professora e gestores escolares possibilidades de<br />
trabalho. Não trabalham diretamente com a criança nesse momento, uma vez que para isso<br />
4 O Parecer 17/2001 <strong>do</strong> CNE/CEB que fundamenta a Resolução n. 2 também <strong>do</strong> Conselho Nacional de Educação<br />
aponta a itinerância dentre os serviços de apoio pedagógico especializa<strong>do</strong> que ocorrem no espaço escolar.<br />
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