A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
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não ganhou? Porque não me deram. E porque vocês não deram [atividade] para o<br />
“X”? mas a gente não dá atividade para o “X” da classe! O “X” ganha atividade<br />
diferente. Aí eu falei não, ele vai fazer a mesma atividade que vocês, ele faz igual?<br />
Não, ele faz uma parte junto com as crianças e depois eu aproveito a mesma<br />
atividade e faço mais fácil para ele. Mas ele recebe. O que eu percebi que ele<br />
aprendeu melhor, ele não se sente discrimina<strong>do</strong>...o ano anterior, o tempo inteiro<br />
que eu vi o outro caderno dele só tinha lá palavras para completar. Eu não gosto<br />
de dar nada para completar!!<br />
9:21 P19 – è, mas depen<strong>do</strong> a gente pode dar uma atividade assim, dependen<strong>do</strong> da<br />
criança.<br />
9:23 P17 - Ah não!eu não faço mesmo.<br />
9:23 P19- Ah, mas ela tem que ouvir... eu também trabalho com jogos, jogos, é...<br />
9:22 –P17- Assim, eu trabalho mais assim, eu <strong>do</strong>u cruzadinha, um la<strong>do</strong> eles<br />
completam e eles escrevem, eu man<strong>do</strong> eles escolherem três ou quatro figuras, e aí<br />
eles tem que saber, bom..., e fazer frases, eu gosto de dar frases. Agora ele já<br />
consegue. Ele tem bastante dificuldades de aprendizagem, ele está na 4ª série e<br />
agora que ele está silábico... ele está assim silábico- alfabético, tá quase assim,<br />
alfabetiza<strong>do</strong>. Mas foram feitos muitos // para ele poder entender, é to<strong>do</strong> dia frase,<br />
eu <strong>do</strong>u figuras para ele escrever o que está acontecen<strong>do</strong>, mas eu não gosto sabe,<br />
daquelas atividades de completar palavras, eu não gosto.<br />
10:33 P19- mas eu faço... (tumulto)<br />
10:50 P4 – mas eu penso o seguinte, eu penso que é muito importante o motivo<br />
para que ele está fazen<strong>do</strong> aquela coisa, eu acho <strong>fundamental</strong>. Até o ano passa<strong>do</strong> a<br />
minha aluna, eu falo para a “Y”, eu fiquei <strong>do</strong>is anos com ela e eu fiquei encantada,<br />
só que tem aquele problema. Eu não sei se a gente fica só preocupada em trabalhar<br />
ela para leitura e escrita e aí você percebe que a matemática parece que... Quan<strong>do</strong><br />
você pára para ver a matemática, na matemática não cresceu, mas cresceu na<br />
leitura e na escrita. Eu realizei o ano passa<strong>do</strong> o projeto e o projeto contava com<br />
tiras e quadrinhos, e eu lembro o que ela fez, então cada um, primeiro foi<br />
trabalha<strong>do</strong> todas as características das estórias em quadrinhos, personagens, eu lia<br />
muito, muito, histórias em quadrinhos, muitas tirinhas né, e eles já saben<strong>do</strong> que<br />
produto final seria montar um álbum com a tira de cada aluno. Aí chegou a hora<br />
de cada aluno montar sua tira, e é nessa hora que eu ouvia, “ai! Eu não sei”, eu<br />
não sei. Ah, eu falava sabe sim! To<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> sabe, vamos lá, e aí você parte<br />
primeiro pelo desenho, pois vão primeiro desenhar a história , então to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
fez, e olha que lá eu tinha cinco crianças, tinha um comprova<strong>do</strong> que era<br />
hiperativo, tinha ela que tinha déficit de atenção e atraso mental, <strong>do</strong>is a três anos,<br />
tinha um que estava em avaliação aqui no centrinho, tinha um repetente que<br />
perdeu to<strong>do</strong> o trabalho porque não frequentava, e não se tratava, e tinha aluno que<br />
tinha muita dificuldade ... Então eu tinha assim cinco crianças com problemas bem<br />
difíceis, né.<br />
12:40 P17 – eu já tive oito, oito crianças com dificuldades, mais assim...<br />
12:41 P4 - ...aí eu percebi assim que essas crianças quan<strong>do</strong> eu falava assim vamos<br />
escrever, até eu terminar de falar, quan<strong>do</strong> eu cheguei tinha criança que falava<br />
assim para o meu hiperativo, eu, ...aí quan<strong>do</strong> eu falava para escrever, ele ia para o<br />
la<strong>do</strong>, ai eu fui lá e peguei uma gravura para ele escrever, e ele foi escrever<br />
sozinho. Eu lembro até hoje que era uma gravura <strong>do</strong> mar, como se fosse uma<br />
represa e que estava mergulhan<strong>do</strong>, ai ele escreveu, to<strong>do</strong> <strong>do</strong> jeito dele realmente<br />
tinha assim bastante jota, bastante letra, bastante... ai eu falei assim: o que está<br />
escrito aqui? Ah, que o menino estava navegan<strong>do</strong> e resolveu mergulhar, né? A é?<br />
Então vamos escrever isso. Aí sentou <strong>do</strong> la<strong>do</strong> e começou: “o”, aí foi: menino: me<br />
–ni –no, menino, me, a gente seguran<strong>do</strong>, ele escreveu menino estava navegan<strong>do</strong> e<br />
resolveu mergulhar. Certo, o único erro que ele fez, o u, no navegan<strong>do</strong>, no ga ele<br />
usou o H, aquele problema <strong>do</strong> H, que eles usam como “aga”, mergulhava ele<br />
escreveu com n, mas eu não falei uma letra, então, quer dizer, ele não estava présilábico,<br />
ele já tinha.. já estava alfabético, ele não estava alfabetiza<strong>do</strong>, mas já<br />
estava alfabético, ele só não fazia, só queria completar o que estava fazen<strong>do</strong>, né.<br />
Aí to<strong><strong>do</strong>s</strong> eles fizeram o tal <strong>do</strong> quadrinho, assim...<br />
14:24 P4 -É engraça<strong>do</strong> aí que to<strong><strong>do</strong>s</strong> quiseram fazer e era a mesma atividade, só<br />
que eu achei interessante pois eu consegui, o que não é fácil, não é fácil, é uma,<br />
Uso de atividades<br />
individualizadas,<br />
adaptadas<br />
P17<br />
P19<br />
204<br />
Atividade de interesse <strong>do</strong><br />
aluno<br />
P4<br />
Uso de projetos<br />
P4<br />
Intervenção direta da<br />
profª.<br />
P4<br />
Atividade desafia<strong>do</strong>ra e<br />
motiva<strong>do</strong>ra para to<strong><strong>do</strong>s</strong>