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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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12:20 – P2 – ele sentava na frente,perto da minha mesa, ai eu percebi que daqui a pouco<br />

ele pegava a minha caneta, eu falava assim, coloca minha caneta de volta porque eu não<br />

dei ordem para você pegar, no começo, eu falava “não pode! Coloca minha caneta aí!”<br />

Aí eu vi que ele tava fican<strong>do</strong> pilantra (risos), ele fazia isso para mexer comigo mesmo, aí<br />

eu falei assim, eu comecei a chamar a atenção dele, falava assim para a sala, não é para<br />

tratar ele como criança porque ele não é criança, ele vai ser trata<strong>do</strong> normal aqui na sala de<br />

aula, ai ele fazia uma coisa errada, eu dava bronca nele, ai um dia eu falei assim, coloca<br />

minha caneta aí que eu não dei ordem para você pegar minha caneta, ou você quer ir lá<br />

embaixo assinar o livro da diretora? Aí ele falou assim para mim: “sua maimota!<br />

Maimota!” e eu falava o que quer dizer isso? O que é marmota? ele dava risada, Você<br />

está me ofenden<strong>do</strong>? É isso? Se você tiver me xingan<strong>do</strong> você vai assinar aquele livro lá<br />

embaixo, viu. Aí ele começou a perceber, porque ele sabia o que era certo e o que era<br />

erra<strong>do</strong>, ele tinha consciência <strong>do</strong> que era certo e erra<strong>do</strong>, mas eu tive paciência, mas<br />

comecei a tomar cuida<strong>do</strong> porque eu comecei a perceber que eu estava tratan<strong>do</strong> ele igual as<br />

crianças , como um bebê, como um bebê da sala...<br />

13:57 – P2 – e ele lá na alimentação, lá a gente tem um projeto alimentação, eles que se<br />

servem, eles comem, no começo ele pegava a comida com a mão e jogava debaixo da<br />

mesa ou pegava com a mão e jogava no prato <strong>do</strong> colega, ai eu comecei a ser firme com<br />

ele, falei, escuta, se você fizer isso, você vai ficar sem almoço e vai almoçar sozinho<br />

depois, quer comer sozinho? Quer vir comer sozinho? Ele falava não, então, faz o favor,<br />

se comporta que nem gente na mesa para comer direito, fui firme com ele, pegan<strong>do</strong> no pé,<br />

nossa, melhorou assim muito mesmo, ele aprendeu que o que não queria devia ficar no<br />

cantinho <strong>do</strong> prato, que não podia jogar no chão nem no prato <strong>do</strong> outro, eu acho que ele<br />

evoluiu muito, muito, consideravelmente, não na aprendizagem da escrita mas no<br />

comportamento...<br />

14:42 P3- Ah eles melhoram sim, na aprendizagem nem tanto, mas assim, no dia a dia,<br />

você trabalha as regras da classe, chega o final <strong>do</strong> ano dá resulta<strong>do</strong> ...<br />

14:56 P6 – Aprendizagem sim, eu não concor<strong>do</strong> com essa parte, eu acho que há a<br />

aprendizagem de tu<strong>do</strong> sim...<br />

15:01 P2 – é, assim, mas só a escrita...<br />

15:03 – P6 – leitura da vida também, a leitura da vida..<br />

15:42 P7 - ele consegue dar opiniões, ou mesmo interferir ou interromper, porque a<br />

primeira vez que interrompe assim, ele levantava a mão para falar, eu pensava mas que<br />

será que vai, né, (risos)perguntar, mas as vezes ele dá umas respostas tão bacanas que eu<br />

fico assim até surpresa, né. Agora, como no ano passa<strong>do</strong> era um outro caso, mais delica<strong>do</strong><br />

mesmo, então... as vezes eu achava que ele nem estava prestan<strong>do</strong> atenção, porque estava<br />

fazen<strong>do</strong> as outras atividades próprias tinha aquele monte de atividade e a própria<br />

atividade que você estava trabalhan<strong>do</strong>, né, se você vai tentar fazer alguma coisa assim<br />

específica para aquele assunto né, você fica ...<br />

17: 15 P2 - Quan<strong>do</strong> eu percebi que ele estava entenden<strong>do</strong>, por exemplo quan<strong>do</strong> no livro<br />

quan<strong>do</strong> tava trabalhan<strong>do</strong> plantas, quan<strong>do</strong> eu percebi que ele realmente estava entenden<strong>do</strong><br />

o que estava trabalhan<strong>do</strong>, eu falei para as crianças, e dele eu sempre colocava bilhete no<br />

caderninho caderno de bilhetes, né, tu<strong>do</strong> anota<strong>do</strong> ali, e nesse dia eu pedi para trazer<br />

amanhã tu<strong>do</strong> o que vocês acharem de plantas que nós vamos montar painéis né, to<strong>do</strong> tipo<br />

de plantas e não anotei no caderno dele, o dia foi corri<strong>do</strong>, passou que nem percebi, aí no<br />

outro dia ele chegou com um monte de gravuras de plantas, aí eu falei assim quem que<br />

recortou para você estas plantas? Eu. Onde você arrumou? No livro da minha mãe, <strong>do</strong><br />

jeito dele de falar. No livro da minha mãe.Aí eu falei assim sua mãe viu que você pegou?<br />

Aí ele disse que havia pedi<strong>do</strong> o livro para a mãe e tal, aí eu falei mas alguém falou para<br />

sua mãe que precisava recortar plantas aí ele falou assim: “eu falei para a minha mãe!”<br />

Então eu achei muito legal porque ele realmente estava entenden<strong>do</strong> o que estava falan<strong>do</strong>.<br />

17:45 P2 – de acor<strong>do</strong> com o que tinha pedi<strong>do</strong>, eu falei para trazer várias espécies, o que<br />

vocês acharem de plantas, nós vamos montar os painéis com os tipos de plantas, e ele<br />

trouxe. Outra vez trabalhan<strong>do</strong> com a água ele trouxe, aí ele trouxe uma gravura bem<br />

gran<strong>do</strong>na que tinha um barco né, e a água, eu pensei de repente ele trouxe porque viu um<br />

barco bonito, né, e ele me entregou, aí ele falou assim “toma “Y”[Professora] e jogou<br />

200<br />

Cobrança das regras<br />

de convivência<br />

P2<br />

Avaliação da<br />

aprendizagem<br />

consideran<strong>do</strong> a<br />

participação oral<br />

P3<br />

P6<br />

P2<br />

P7<br />

Uso de diferentes<br />

formas de expressão<br />

P2

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