A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
• o que o aluno deve aprender;<br />
• como e quan<strong>do</strong> aprender;<br />
• que formas de organização de <strong>ensino</strong> são mais eficientes para o processo<br />
de aprendizagem;<br />
• como e quan<strong>do</strong> avaliar o aluno.” (BRASIL, 1999, p. 33)<br />
Cabe indagar a real necessidade de tais proposições, uma vez que, ao observarmos a<br />
proposta explicitada nos PCNs, nota-se que tais ações são vistas como necessárias a to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />
alunos e não apenas para aqueles que apresentem necessidades educacionais especiais.<br />
No caso de alunos com deficiência mental nas salas comuns, tal <strong>do</strong>cumento sugere as<br />
seguintes adaptações de acesso ao currículo:<br />
• ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem tais como ateliês,<br />
cantinhos, oficinas, etc.<br />
• desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação,<br />
cuida<strong>do</strong> pessoal e autonomia. (BRASIL, 1999, p. 47)<br />
Algumas adaptações meto<strong>do</strong>lógicas e didáticas sugeridas nos parecem contraditórias,<br />
uma vez que indicam um <strong>ensino</strong> individualiza<strong>do</strong> dentro da sala comum, pensa<strong>do</strong><br />
especificamente para o aluno independente <strong>do</strong> grupo-sala, configuran<strong>do</strong> uma transposição <strong>do</strong><br />
<strong>ensino</strong> especial para a sala comum:<br />
• Introduzir atividades individuais complementares para o aluno<br />
alcançar os objetivos comuns aos demais colegas. Essas atividades<br />
podem realizar-se na própria sala de aula ou em atendimentos de apoio;<br />
• Introduzir atividades complementares específicas para o aluno,<br />
individualmente ou em grupo;<br />
• Eliminar atividades que não beneficiem o aluno ou lhe restrinja uma<br />
participação ativa e real ou, ainda, que esteja impossibilita<strong>do</strong> de<br />
executar;<br />
• Suprimir objetivos e conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> escolares que não possam ser<br />
alcança<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo aluno em razão de sua(s) deficiência(s); substituí-los<br />
por objetivos e conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> acessíveis, significativos e básicos, para o<br />
aluno. (BRASIL, 2001, p.50, grifo nosso)<br />
Tais considerações reforçam no imaginário social, mais uma vez, a diferença pela<br />
incapacidade e, além disso, estabelecem, a priori, aquilo que o aluno será ou não capaz de<br />
realizar. Será que é apenas para o aluno com deficiência que atividades que não lhe tragam<br />
benefícios precisam ser eliminadas? “Ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem tais<br />
50