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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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fazer. Demonstram, ainda, a preocupação com uma escola formativa, que tenha por finalidade<br />

a compreensão <strong><strong>do</strong>s</strong> conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> para a vida.<br />

164<br />

Conforme salienta Zabala (2002), a aprendizagem mecânica ou repetitiva permite que se<br />

possa reproduzir um conhecimento literalmente, mas limita a capacidade de utilização em<br />

outros contextos. Tais aprendizagens são ineficazes ao ensinar conceitos, procedimentos ou<br />

atitudes. O autor ressalta que “em uma escola que pretende formar para a vida não tem senti<strong>do</strong><br />

nenhum a presença de aprendizagens mecânicas, afirmação que poderíamos aceitar de uma<br />

escola com finalidades propedêuticas.” (p.99)<br />

Ao a<strong>do</strong>tarem tal meto<strong>do</strong>logia, os <strong>professores</strong> terão a oportunidade de tratar os conteú<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

da aprendizagem como meios para conhecer e intervir na realidade, buscan<strong>do</strong> significa<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

próprios a partir da experiência pessoal de cada criança. Tal fato revela a busca por um <strong>ensino</strong><br />

que possibilite ao aluno relacionar a sua existência, sua forma de viver aos conteú<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

escolares.<br />

Porém, para que o enfoque globaliza<strong>do</strong>r ou, como cita<strong>do</strong>, a “meto<strong>do</strong>logia de projetos”,<br />

possibilite o crescimento pessoal de cada aluno, é <strong>fundamental</strong> o desenvolvimento de<br />

atividades que permitam às crianças manejar e mobilizar estratégias e conhecimentos para a<br />

resolução de problemas, ou seja, aprender a identificar seus erros, a buscar recursos para<br />

superá-los: a aprender a aprender - aprender a planejar suas ações e regular suas ações a partir<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>. (ZABALA, 2002)<br />

Nesta questão, cabe refletir também sobre o papel dessa atividade metacognitiva para as<br />

crianças com grandes dificuldades e, em especial, para crianças com deficiência mental. Se<br />

para alunos sem deficiência ela é uma ação importante que permite a construção da autonomia<br />

intelectual, para alunos com deficiência tais atividades e propostas ganham ainda maior<br />

relevância.<br />

A deficiência mental tem como característica um funcionamento intelectual deficitário,<br />

uma maneira específica de utilização das estruturas cognitivas:<br />

Apresentam dificuldades para mobilizar o conjunto de recursos que<br />

adquiriram pela aprendizagem para realizar tarefas que implicam<br />

generalizações, transferências, novas constatações, análises, deduções, ou<br />

seja, aplicações de um saber organiza<strong>do</strong>, conceitualiza<strong>do</strong> a outros contextos<br />

e conteú<strong><strong>do</strong>s</strong>. (MANTOAN, 2004, p. 88)<br />

As pessoas com deficiência mental não desenvolvem espontaneamente uma consciência<br />

cognitiva, ou seja, não desenvolvem a capacidade de compreender o que fizeram e como

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