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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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c) A mesma proposta para a classe toda<br />

119<br />

Outra postura considerada como exitosa relatada pelas professoras refere-se a oferecer<br />

para to<strong><strong>do</strong>s</strong> a mesma atividade, da qual to<strong><strong>do</strong>s</strong> possam participar, consideran<strong>do</strong>-se válida a<br />

produção da maneira que a criança conseguir realizá-la.<br />

Eu penso assim: a criança quan<strong>do</strong> tem dificuldades na produção de texto, na<br />

interpretação, que é lento e na matemática no calculo, né, então, se você vai<br />

dar Língua Portuguesa, você vai fazer com que a criança escreva, consiga<br />

passar para o papel o que ela quer, você vai incentivar para ela interpretar o<br />

que ela leu, isso você tem que fazer no geral, serve para um jeito ou de<br />

outro, não tem problema, né, eu faço bastante assim (...).Aí chega na<br />

matemática, aí que está, porque uns conseguem mais, uns conseguem<br />

menos. Como eu faço com esse problema: no meio <strong><strong>do</strong>s</strong> problemas que são<br />

mais difíceis, eu jogo uns mais fáceis, entendeu? O outro nem percebeu que<br />

fez uma facinha enquanto o outro conseguiu fazer aquela que estava fácil. E<br />

por aí vai. (GD-P4 – grifo nosso)<br />

[para que a <strong>prática</strong> atenda a diferença] Preocupar-me com atividades que<br />

envolvam to<strong>do</strong> o grupo. (Q-P2)<br />

[para que a <strong>prática</strong> atenda a diferença] Propor atividades em que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />

alunos possam participar. (Q-P6)<br />

No relato da professora P4, chama a atenção como a atividade de escrita é considerada<br />

pela professora: ela demonstra clareza acerca <strong>do</strong> objetivo que pretende com a atividade – no<br />

caso, que a criança se expresse através da escrita -, bem como da importância de incentivar,<br />

estimular to<strong><strong>do</strong>s</strong> e não apenas aqueles com dificuldades e/ou facilidades.<br />

Observan<strong>do</strong> ainda este mesmo relato, podemos distinguir outra alternativa interessante:<br />

embora no relato da professora não sejam ofertadas opções de atividades para escolha das<br />

crianças, a professora tomou o cuida<strong>do</strong> de oferecer, em uma mesma atividade, diferentes<br />

níveis de dificuldade, possibilitan<strong>do</strong> a to<strong><strong>do</strong>s</strong>, de certa maneira, a vivência <strong>do</strong> êxito.<br />

Ao obter êxito numa atividade proposta e realizada por todas as crianças, os alunos com<br />

deficiência ou alunos com dificuldades não estão “à parte”, segrega<strong><strong>do</strong>s</strong>, mas estão, sobretu<strong>do</strong>,<br />

envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> em um grupo no qual têm a oportunidade de acompanhar o raciocínio, observar<br />

outras formas de resolver problemas, enfim, por meio <strong>do</strong> conhecimento <strong>do</strong> outro também<br />

estão estimulan<strong>do</strong> seu raciocínio.<br />

Os trabalhos e propostas direciona<strong><strong>do</strong>s</strong> para a classe toda, quan<strong>do</strong> possibilitam aos alunos<br />

colocar em jogo sua criatividade, mobilizar conhecimentos anteriores, interagir com o

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