A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

21:05 P11 – no começo assim, que eu queria uma atividade, né, porque eu nunca tinha trabalhado com
aluno....Uma atividade diferenciada uma coisa assim, pedia para a “Y” que era a itinerante do ano passado, para
ela fornecer alguma coisa para mim, eu ficava assim desesperada porque não sabia, ela me levou umas
apostilas, eu tirei xérox, tudo, eu trabalhei assim bem com ele, e a Jane também ajudou muito, a Jane fazia um
trabalho bom com ele, então isso aí, eu acho assim, o professor ficar sozinho na sala, depender só do professor
é difícil, é muito difícil. Então assim, a itinerante ajudando um pouco, fazendo algumas coisas diferentes com a
gente, já ajuda bastante. A estagiaria, né, que a Jane ajudava também bastante, foi um trabalho bom, agora
quando o professor fica sozinho em sala de aula, é difícil, muito difícil.
21:56 E – Vocês conseguem prever algumas coisas dentro do planejamento que é para a sala toda,
alguma coisa que vá atender mais a necessidade dessas crianças com maiores dificuldades, como vocês
tem pensado essa questão dentro do planejamento diário?
22:13 – P11 – Então, isso ai também, a gente tem dificuldade, porque assim, agente não tem muito assim... A
gente não tem muita experiência então fica difícil também de fazer isso. Mas como eu disse para você: eu tive a
ajuda da itinerante, que ela sugeria assim um trabalho maravilhoso, que dava para trabalhar com ele, né. Então
ajudou, porque se fosse só eu ir em busca, eu não tinha nada mesmo, porque a gente não é acostumada, né. Mas
eu acho assim, que tinha que ter assim um planejamento bacana para trabalhar na sala de aula com os alunos
com deficiência.
22:54 E – E vocês acham que isso deveria ser á parte do planejamento que vocês costuma fazer?
22:57 P11 – eu acho que a parte. Eu acho que ia ajudar bastante.
23:03 E – e como você acha que na hora, no teti a teti, como você iria conciliar os dois planejamentos?
23: 10 P11 e P1 – risos.
23:11 P11 – Ah, eu acho que a gente consegue, porque eu falo assim, eu estava perdida, eu não sabia, vou falar
a verdade para você, sabe, eu falava assim, falava para a “Y” [vice-diretora], eu não sei o que eu faço, porque
dá desespero, né? Ela falava assim: não Ana, pode ficar sossegada, eu vou assistira aula. A “Y” também levou
umas atividades para eu trabalhar com ele. Eu acho assim, que a parte da itinerante, eu acho assim, ela podia
ajudar mais a gente na sala de aula,você entende?
23:42 E – levar mais sugestões para você fazer?
23:43 P11 – é, eu acho que é parte dela, isso, ajudar a gente.
23:47 E Você vê assim também, Daniele?
23:48 P1 – Não, eu acho, eu acho assim, eu planejo aquele assunto para a sala e dentro assunto, penso em
algumas atividades para trabalhar com o nível dela, é isso que você perguntou?
23:59 – E a minha questão é como vocês tem organizado o planejamento para atender a essa diversidade,
porque na sala vocês vão encontrar tanto crianças com deficiência que tenham grandes dificuldades para
algumas coisas, outras crianças vão ter outras dificuldades e outras que não terão dificuldades. Então eu
queria discutir assim, como vocês estão lidando com essas questões no planejamento?
24:30 P11 – então, assim, no caso do “X”, ele não conhece nada, então é difícil, mas quando é uma criança que
já conhece assim o alfabeto, já é mais fácil...
24:47 E Mas vamos retomar um pouco o que vocês disseram antes: quando você falou do planejamento
de Ciências, ele atingiu o que você queria?
24:52 P11– sim, atingiu...
24:53 E era o mesmo planejamento?
24:57- P11 –É, era o mesmo, você vê?!! (expressão de surpresa) Mas eu falo assim, no papel, porque a gente
quer ver uma atividade no papel!! Risos
(riso geral entre todos)
24:59 P1 – e com a “X”, Jussara...
24:59 P11 – a minha preocupação, a minha preocupação, é em ele ter aquela pasta que todo aluno tem, com
alguma atividade, porque eu vou falar para você e já falei para a “Y” [diretora da escola] e para a
“Y”[orientadora pedagógica], vocês não vão chegar no final do ano e depois virem falar assim “Ah, “Y””, não
posso! Vocês me matam! Então eu queria assim, no papel, porque ele também tinha as atividades dele, quando
eu fazia as atividades com as crianças, recolhia, eu recolhia a dele também, normal. Eu queria que ele tinha
aquela pastinha lá, com todas as atividades dele, entende...
25:33 P1- já com a “X” eu trabalho muito assim, ela tinha as atividades no caderno dela, e tinha dias que eu
deixo assim mais atividades manuais, ou no concreto, aí eu só relato no caderno o que foi trabalhado no dia. Eu
não me preocupo assim com... Com papel, claro que ela tem as avaliações, mas eu não me preocupo assim em
guardar papeis dela assim não. O que eu procuro é isso: adaptar a atividade para ela, só que eu vejo assim, tem
assunto que parece que, para ela ta muito distante, assim, num texto, se a gente trabalhar, família, a manhã é dia
dos pais, ou projetinho para trabalhar o dia das mães, ela ama a mãe dela, então é um assunto que para ela,
agora se é uma coisa por exemplo, como a gente está estudando agora, sistema solar, ela sabe falar do sol,
porque ela vê, ela vive, eu mostrei o mundo, né, mas para ela ficou tão vago, por mais que eu trabalhei
diferenciado com ela,parece que para ela ficou ... Não fazia muito sentido, eu acho, isso, entendeu. Então
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