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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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to<strong>do</strong> um grupo que tem uma formação comum, ou por aqueles que trabalham no mesmo espaço,<br />

sujeitos às mesmas condições e recursos; portanto, mesmo <strong>prática</strong>s originais só têm senti<strong>do</strong> neste<br />

contexto.<br />

169<br />

É a partir da realidade que encontram, e <strong><strong>do</strong>s</strong> encontros e desencontros provoca<strong><strong>do</strong>s</strong> nesta<br />

e a partir desta realidade, que os <strong>professores</strong> buscam novos senti<strong><strong>do</strong>s</strong> e significa<strong><strong>do</strong>s</strong> para o<br />

fazer pedagógico, para a re-leitura que fazem das propostas a que têm acesso, para a<br />

construção de uma identidade <strong>do</strong> “ser professor” pautada na constatação de que o outro é o<br />

outro pelo que é e não pelo que desejamos que seja.<br />

Assim como a inclusão é uma ruptura com a concepção educacional<br />

tradicional, o processo de criação de um novo papel de professor na escola<br />

inclusiva também implica em uma descontinuidade. Ele é um Outro. Não se<br />

trata de uma substituição de modelos, uma nova homogeneização, pois a<br />

ousadia e a radicalidade da inclusão assentam-se sobre a autonomia e a<br />

alteridade microssocial e micropolítica da escola e, obviamente, de seus<br />

integrantes, no senti<strong>do</strong> de que fluxos criativos e espontâneos possam<br />

inventar e reinventar novas possibilidades de inteligibilidade, novos<br />

agenciamentos de subjetivações. (LIMA, 2003, P.153)<br />

É importante, ainda, resgatar que todas as propostas que hoje são veiculadas em livros,<br />

<strong>do</strong>cumentos oficiais, manuais didáticos, etc., representam uma forma <strong>do</strong> fazer pedagógico, e não a<br />

forma, uma substituição de modelos, uma nova homogeneização.<br />

Assim, acreditamos na importância <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> terem acesso a <strong>do</strong>cumentos, livros, que<br />

discutam princípios de uma escola de qualidade para to<strong><strong>do</strong>s</strong>, que apresentem ideias e propostas que<br />

implementem tais princípios. Porém, a possibilidade <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> re - criarem seu fazer<br />

pedagógico, re- construírem propostas partilhan<strong>do</strong>-as e discutin<strong>do</strong>-as com outros <strong>professores</strong>, é<br />

<strong>fundamental</strong>.<br />

Ninguém emancipa, desenvolve autonomia, desenvolve criação se também não tiver<br />

oportunidade de agir com autonomia, com criatividade, de maneira emancipa<strong>do</strong>ra.<br />

Isso porque, diante <strong>do</strong> novo, <strong>do</strong> inusita<strong>do</strong>, no processo de validação <strong><strong>do</strong>s</strong> saberes<br />

profissionais pelos <strong>professores</strong>, na construção de seus saberes experienciais, é de se esperar que<br />

haja contradições, retrocessos. Mas é também, a partir dessa busca, quan<strong>do</strong> problematizada e<br />

discutida coletivamente que poderemos encontrar os acertos, as possibilidades de encontro, de<br />

aprendizagem, de crescimento.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, este estu<strong>do</strong> nos possibilitou ainda a compreensão da necessidade de ações<br />

futuras, que possam contribuir com o processo de formação <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> para a construção de<br />

uma escola inclusiva, que apresentamos a seguir.

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