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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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crianças, capacidades que lhes permitam oferecer respostas aos problemas que ela apresenta<br />

em diferentes âmbitos, quais sejam: o pessoal, o social, o emocional ou o profissional<br />

(ZABALA, 2002).<br />

É no enfoque da produção de mudanças conceituais que encontramos essa perspectiva<br />

globaliza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> <strong>ensino</strong>:<br />

O <strong>ensino</strong> como produção de mudanças conceituais, onde a aprendizagem é<br />

um processo de transformação mais <strong>do</strong> que acumulação de conteú<strong><strong>do</strong>s</strong>; e,<br />

junto a essa perspectiva, a incorporação <strong>do</strong> conceito de cultura,<br />

consideran<strong>do</strong> o <strong>ensino</strong> como processo que facilita a transformação<br />

permanente <strong>do</strong> pensamento e das ações <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos e alunas, provocan<strong>do</strong> a<br />

comparação de suas aquisições mais ou menos espontâneas da vida<br />

cotidiana com as proposições das disciplinas artísticas, científicas e<br />

filosóficas, também estimulan<strong>do</strong> sua experimentação na realidade.<br />

(GIMENO SACRISTÁN apud KRUG, 2002, p.107)<br />

O <strong>ensino</strong>, como produção de mudanças conceituais, pauta-se em uma finalidade da<br />

educação, numa visão ampliada, que busca a formação <strong>do</strong> sujeito em sua<br />

multidimensionalidade.<br />

Conforme aponta Moraes (1997), justamente por ter assumi<strong>do</strong> um enfoque fragmenta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> ser humano e <strong><strong>do</strong>s</strong> problemas da humanidade, é que a escola tem esbarra<strong>do</strong> em sua<br />

finalidade maior, voltada para a emancipação de sujeitos históricos capazes de atuar num<br />

contexto de incertezas e impossibilidades, de construir seu próprio projeto de vida. A<br />

complexidade da realidade requer a construção de um pensamento multidimensional,<br />

abrangente, que possibilite a compreensão desse real complexo, através de um conhecimento<br />

que também considere essa amplitude.<br />

Tais considerações afetam não apenas as finalidades da educação, mas toda sua<br />

organização e funcionamento. Do ponto de vista curricular, de quais conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> são<br />

trabalha<strong><strong>do</strong>s</strong> e como são trabalha<strong><strong>do</strong>s</strong>, tal mudança implica a a<strong>do</strong>ção de um enfoque<br />

globaliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> processo de <strong>ensino</strong>.<br />

O enfoque globaliza<strong>do</strong>r, segun<strong>do</strong> Zabala (2002), caracteriza-se pela maneira como a<br />

escola organiza o <strong>ensino</strong>, ten<strong>do</strong> como objeto de estu<strong>do</strong> a intervenção na realidade, e<br />

favorecen<strong>do</strong> o maior número possível de relações entre os diferentes conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> aprendi<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Para tanto, o aluno precisa dispor de instrumentos cognoscitivos, que lhe permitam lidar com<br />

a complexidade. Para ele, o enfoque globaliza<strong>do</strong>r baseia-se em três princípios:<br />

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