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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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fizeram para obter êxito em uma situação; nem como utilizar esses conhecimentos para<br />

manejar e controlar seus processos mentais: suas funções e capacidades cognitivas. Elas<br />

limitam, assim, suas ações no plano prático, pouco realizan<strong>do</strong>, espontaneamente, a<br />

coordenação de ações em pensamento. (MANTOAN, 2004; FIERRO, 1995b)<br />

165<br />

Dessa maneira, diante de novas aprendizagens, essas crianças colocam-se sempre em<br />

um lugar de não-saber, assumem uma posição passiva, vivien<strong>do</strong> uma situação de esperar para<br />

que lhe digam o que fazer e como fazer, construin<strong>do</strong>, assim, um auto-conceito negativo, uma<br />

identidade marcada pela incapacidade.<br />

Dessa forma, ao vivenciarem experiências infrutíferas, passam a a<strong>do</strong>tar atitudes<br />

orientadas muito mais para evitar o fracasso, diminuir os riscos, “fugir” das situações as quais<br />

não têm certeza que conseguirão realizar, ao invés de investir para conseguir o êxito.<br />

(FIERRO, 1995b)<br />

O desenvolvimento de atividades metacognitivas é, portanto, vital, uma vez que, sem<br />

uma ação <strong>pedagógica</strong> sistemática que os estimule a pensar, a descobrir, a criar, pouco<br />

construirão sozinhos estas habilidades intelectuais.<br />

Não encontramos, nos depoimentos, descrições explícitas que pudessem revelar se<br />

houve uma ação sistemática das professoras na construção <strong>do</strong> aprender a aprender. Algumas<br />

atividades relatadas ofereceriam oportunidades interessantes para que esse aspecto fosse<br />

explora<strong>do</strong>, mas não sabemos dizer se foram ou não problematiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, explora<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Como exemplo, citamos as atividades de confecção de maquetes, que fazem parte <strong>do</strong><br />

cotidiano <strong>do</strong> aluno, experiências como a participação <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos nas feiras de ciências, a<br />

confecção de cartazes e livros, a participação oral na discussão de temas e das atividades<br />

propostas, dentre outras. Nestas atividades, os <strong>professores</strong> oportunizam o envolvimento e<br />

interesse das crianças, a sua participação. São atividades que partem de ações <strong>prática</strong>s –<br />

confecção de objetos, por exemplo, que poderiam ser dispositivos interessantes para<br />

desenvolver habilidades metacognitivas: o planejamento da atividade pela criança, a<br />

antecipação <strong>do</strong> que deseja realizar, <strong>do</strong> que necessita para tanto, <strong>do</strong> que irá ser feito após o<br />

término <strong>do</strong> trabalho; uma avaliação <strong>do</strong> que fez, como fez, <strong>do</strong> que poderia ser melhora<strong>do</strong>, etc.,<br />

bem como, proporcionar o momento da sistematização e formalização <strong><strong>do</strong>s</strong> conceitos<br />

aprendi<strong><strong>do</strong>s</strong> com a atividade. Schlünzen (2000) preconiza que, neste momento, o professor<br />

consegue mediar a aprendizagem <strong>do</strong> aluno, dan<strong>do</strong> significa<strong>do</strong> aos conceitos desenvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> no<br />

desenvolvimento da atividade.

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