A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental
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tu<strong>do</strong> mais. Então isso é o que acontece. Aí chega na matemática, aí que está,<br />
porque uns conseguem mais, uns conseguem menos. Como eu faço com esse<br />
problema: no meio <strong><strong>do</strong>s</strong> problemas que são mais difíceis, eu jogo uns mais fáceis,<br />
entendeu? O outro nem percebeu que fez uma facinha enquanto o outro conseguiu<br />
fazer aquela que estava fácil. E por aí vai. Eu pego uma pergunta que eu sei que a<br />
classe vai embora, na frente daquele conteú<strong>do</strong> eu vou alterna<strong>do</strong>, um mais<br />
complica<strong>do</strong> com um mais facinho. Aquele que tem dificuldades pelo menos o<br />
facinho ele fez, ele nem percebe. Porque se for muito fácil, fica desmotivante para<br />
os que sabem, se der mais difícil fica complica<strong>do</strong> para quem tem dificuldade.<br />
Então a gente vai fazen<strong>do</strong> isso, dá um complica<strong>do</strong> e um mais simples. O outro não<br />
percebeu e foi embora...<br />
47:07 P4 – mas aí não tem problema! Em historia, geografia, ciências, se ajudar a<br />
interpretar, eles sabem, eles falam oralmente isso!!<br />
47:10 P17 – se eu <strong>do</strong>u uma prova, eu faço as perguntas oral para ele, e ele<br />
responde. Já quan<strong>do</strong> é de alternativas, eu falo as alternativas que tem e muitas<br />
vezes ele, não é que ele joga no bicho, muitas vezes ele responde as perguntas<br />
dadas ...<br />
47:35 P4 - ...mas a minha avaliação eu faço questão de chamar de avaliação até<br />
para eles, não pode falar prova, mas eu falo avaliação. Eu faço assim, igual a de<br />
vestibular, porque tem que preparar bastante porque a vida é assim, eu pego a<br />
matéria <strong>do</strong> semestre, no final de cada coloco num papelzinho tu<strong>do</strong> que eu,<br />
perguntinhas, né? Perguntinhas onde eu envolvo tu<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong>. Perguntinhas que a<br />
resposta ficam assim, aí faço a correção para ver o que eles aprenderam, faço a<br />
revisão, eles fazem em casa, não fazem? A correção eu coloco na lousa. Vamos<br />
corrigir. Desta vez para poder para adiantar mais eu digitei as respostas, corrigi,<br />
corrigi, corrigi, deixei eles falarem bastante, “professora! Deixa eu corrigir! Deixa<br />
eu corrigir!”, “depois corrige, depois corrige”, quan<strong>do</strong> acabou, eu entreguei<br />
pronta, então, eu passei a revisão, deixei eles estudan<strong>do</strong> no final de semana, aí tem<br />
a correção, tu<strong>do</strong> de novo, aí eu peço uma interpretação de texto, jogo uma<br />
gramática ali no meio, aí eu faço questões de ciências que eu acho que é mais<br />
importante eles ficarem saben<strong>do</strong>, história, engloba tu<strong>do</strong>, com questões, com<br />
gabarito e tu<strong>do</strong> o mais né, o que eu fiz, a questão <strong>do</strong> primeiro semestre, a questão<br />
<strong>do</strong> primeiro momento, nesta época eu dancei, a única que eu conhecia na sala era a<br />
“X”, a única criança que já tinha feito avaliação na sala era a “X”, né, então, e ela<br />
quis, ela quis fazer, só fez bolinha, mas “eu quero fazer”, quan<strong>do</strong> eu vi os outros<br />
alunos, porque eu acho que contribuem falan<strong>do</strong>, muitas vezes chega um e fala que<br />
foi mal, aí eu falo, deixa eu ver então, eu vi, e falei, vamos fazer o seguinte: eu<br />
vou len<strong>do</strong> e vocês vão fazen<strong>do</strong>. Peguei questão por questão, li o texto, li a questão<br />
e agora, o que vocês acham? Mas e daí? Pronto? e vai fazen<strong>do</strong> as perguntinhas, aí<br />
que vão fazen<strong>do</strong>. Ou seja, a dificuldade ali era de ler e interpretar, né? Então eu<br />
percebi isso aí: história e geografia, não é o problema, o problema tem na sala é a<br />
leitura, a escrita e o cálculo.<br />
50:29 P19 – essa questão que ela falou de colocar um exercício um mais fácil,<br />
outro mais difícil, é que eu fiz isso. Sabe qual foi a fala de vários aluninhos? Puxa<br />
prô, essa prova aqui é muito “mãe”, é, é, muito fácil, quem não sabe fazer essa! É<br />
mamata!<br />
50:48 P4 – quan<strong>do</strong> eles falam isso eu falo que é presente. Essa é presente...<br />
50:50 P19 – porque, porque a gente sabe que é assim, um difícil e um fácil, um<br />
difícil e um fácil...é alegria deles...<br />
51:00 P4 – e outra coisa, na avaliação da “X”, eu busco o quê na matemática, ela<br />
faz igual, chegou na matemática que eu preciso ajudar ela... nesta avaliação, ela<br />
acertou 17 questões, então, porque ela acertou 17? Era para acertar 9, 10, e eu fiz,<br />
discretamente, fiquei ali ensinan<strong>do</strong> ao invés de avaliar por si só, né? “Tem<br />
certeza? Vamos pensar?” o que eu fiz, eu sentei com ela, ela nem percebeu que eu<br />
estava fazen<strong>do</strong> isso, mas eu ajudei ela a terminar a prova. Mas eu não vou avaliar<br />
ela por quê? Ela tem um monte que acertou! A classe fala: ui! A “X” acertou mais<br />
que fulano! Ah, aquilo para ela é uma festa!<br />
51:58 P4 – mas é isso que estou falan<strong>do</strong>!! De 17 questões, eu ajudei o quê,<br />
matemática, não adianta eu querer que ela consiga sozinha em matemática. Mas e<br />
as outras? Foi só ela. Matemática, foi só eu e ela...<br />
Participação oral<br />
P4<br />
P17<br />
Correção coletiva<br />
P4<br />
P19<br />
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