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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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Tabela 18: Atributos cita<strong><strong>do</strong>s</strong> pelas professoras considera<strong><strong>do</strong>s</strong> como favoráveis à valorização da diferença – Planejamento <strong>do</strong> Ensino<br />

PLANEJAMENTO DO ENSINO<br />

Subtema Grupo de<br />

discussão<br />

(GD)<br />

Planeja-<br />

mento para<br />

valorizar a<br />

diferença<br />

P1, P2,<br />

P4, P11,<br />

P17,<br />

P19<br />

Questio<br />

nário<br />

(Q)<br />

P16,<br />

P18<br />

FREQ Exemplo de relato:<br />

08<br />

Eu acho que [deveria ter um planejamento] a parte. Eu acho que ia ajudar bastante.(GD-P11)<br />

Não, eu acho, eu acho assim, eu planejo aquele assunto para a sala e dentro assunto, penso em algumas atividades para trabalhar com o<br />

nível dela, é isso que você perguntou? (GD-P1)<br />

“ que eu planejo para a sala toda, mas naquele dia tem que sentar, naquele dia um pouco mais com ele...<strong>do</strong> tempo que ele está comigo,<br />

eu planejo para ele outros tipos de atividades... (GD-P19)<br />

Eu penso assim: a criança quan<strong>do</strong> tem dificuldades, na produção de texto, na interpretação que é lento e na matemática no calculo, né,<br />

então, se você vai dar Língua Portuguesa, você vai fazer com que a criança escreva, consiga passar para o papel o que ela quer, você vai<br />

incentivar para ela interpretar o que ela leu, isso você tem que fazer no geral, serve para um jeito ou de outro, não tem problema, né, eu<br />

faço bastante assim (...) Aí chega na matemática, aí que está, porque uns conseguem mais, uns conseguem menos. Como eu faço com<br />

esse problema: no meio <strong><strong>do</strong>s</strong> problemas que são mais difíceis, eu jogo uns mais fáceis, entendeu? O outro nem percebeu que fez uma<br />

facinha enquanto o outro conseguiu fazer aquela que estava fácil. E por aí vai.(...) (GD-P4)<br />

o que eu consigo, por exemplo, se for dar prova, eu <strong>do</strong>u a prova com quatro alternativas para fazer x, ele responde quase tu<strong>do</strong> certo,<br />

mas tem que falar para ele, ele sabe a história, sabe fazer, mas não quer escrever, língua portuguesa, interpretação de textos, eu <strong>do</strong>u um<br />

texto já pronto, ai copio uma pergunta para ele, ele responde, vamos supor se tem 10 perguntas, cinco ele responde. A sexta ele não<br />

responde mais.(GD-P17)<br />

“todas as atividades que eu <strong>do</strong>u em sala de aula, no primeiro momento eu tinha 32 alunos eu xeroquei 32 atividades, aí sobrou uma, e eu<br />

falei: mas quem faltou? Aí as crianças assim: ninguém! Mas como sobrou uma se eu preparei 32? Se to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ganhar uma, tem 32. e<br />

eu falei: ergue a mão quem ganhou. E ele não ergueu a mão. Aí eu falei por que você não ganhou? Porque não me deram. E porque<br />

vocês não deram [atividade] para o “X”? mas a gente não dá atividade para o “X” da classe! O “X” ganha atividade diferente. Aí eu falei<br />

não, ele vai fazer a mesma atividade que vocês, ele faz igual? Não, ele faz uma parte junto com as crianças e depois eu aproveito a<br />

mesma atividade e faço mais fácil para ele. Mas ele recebe. O que eu percebi que ele aprendeu melhor, ele não se sente discrimina<strong>do</strong>...o<br />

ano anterior, o tempo inteiro que eu vi o outro caderno dele só tinha lá palavras para completar. Eu não gosto de dar nada para<br />

completar!! (GD- P17)<br />

Durante o ano letivo a aluna teve participação em todas as atividades realizadas em sala, educação física e passeios extra-classe e o<br />

trabalho coletivo em sala. (Q-P18)<br />

No começo <strong>do</strong> ano fiquei muito preocupada ao receber um aluno porta<strong>do</strong>r de deficiência por não estar preparada para enfrentar as<br />

dificuldades e as limitações deste meu aluno. Imediatamente fiz um caderno separa<strong>do</strong> para ele com atividades diferenciadas. O meu<br />

inconsciente dizia que eu estava fazen<strong>do</strong> a coisa certa. Mas ao longo de alguns meses percebi que ele se negava a fazer tais atividades.<br />

Foi quan<strong>do</strong> a professora itinerante veio conversar comigo e eu a coloquei a par da situação. Então veio a minha grande decepção, eu<br />

estava inconscientemente fazen<strong>do</strong> meu aluno se sentir diferente. A partir daí aban<strong>do</strong>nei as atividades que eram feitas apenas para ele e<br />

o inclui nas mesmas atividades que os outros faziam. O resulta<strong>do</strong> foi fantástico, mesmo apenas copian<strong>do</strong> da lousa e muitas vezes não<br />

saben<strong>do</strong> resolver, ele progrediu. E eu aprendi a respeitar o meu aluno nas suas diferenças.(Q-P16)<br />

216

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