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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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P3 – eles conseguem sim, pois sempre vão ouvin<strong>do</strong> uma coisa ou outra<br />

aqui e ali, na televisão, parece que não mas essas coisas ajudam as crianças<br />

né...<br />

P6 - As vezes eles não conseguem expressar o que entenderam, que é o<br />

caso <strong>do</strong> “X”, mas você percebia que ele ficava muito atento para aquilo, não<br />

é possível que ele não estava entenden<strong>do</strong> nada, mas para acompanhar a<br />

atividade toda é difícil, muito difícil, mas ... (GD –P2; P3; P6 - grifo nosso)<br />

Os depoimentos acima demonstram a compreensão das professoras sobre o erro como<br />

uma manifestação <strong>do</strong> nível de desenvolvimento que conseguiram alcançar e a importância<br />

das diferentes experiências de vida nestas aprendizagens. Conforme salienta Hoffmann<br />

(2003), este é um compromisso primordial <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>professores</strong> diante das diferenças individuais:<br />

Ao avaliar o processo de aprendizagem, é preciso considerar que o aluno<br />

constrói seu conhecimento na interação com o meio em que vive. Portanto,<br />

depende das condições desse meio, da vivência de objetos e situações, para<br />

ultrapassar determina<strong><strong>do</strong>s</strong> estágios de desenvolvimento e ser capaz de<br />

estabelecer relações cada vez mais complexas e abstratas. Os entendimentos<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> alunos são decorrentes <strong>do</strong> seu desenvolvimento próprio frente a umas e<br />

outras áreas de conhecimento. Poderá a escola entender como possível a<br />

formação de turmas homogêneas? Poderemos conceber um grupo de alunos<br />

como iguais em sua maneira de conceber o mun<strong>do</strong>? Poderão os <strong>professores</strong><br />

encontrar critérios precisos e uniformes para avaliar o desempenho de<br />

muitas crianças? Corrigir tarefas por gabaritos únicos? (p.41)<br />

A avaliação entendida como uma forma de mediar as aprendizagens, de compreender o<br />

que a criança foi capaz de assimilar e de valorizar diferentes formas de expressão, são<br />

conceitos que transparecem nos depoimentos das professoras.<br />

3.2.4. Estrutura organizacional<br />

O foco central de nossa pesquisa refere-se ao movimento interno da sala de aula, motivo<br />

pelo qual não problematizamos, nos questionários ou entrevistas, questões mais abrangentes<br />

como, por exemplo, a relação entre a <strong>prática</strong> <strong>pedagógica</strong> e a estrutura organizacional da escola<br />

em diferentes aspectos.<br />

Não obstante, tais questões compareceram em alguns relatos. Sem a pretensão de<br />

aprofundá-las, apresentamos alguns elementos aponta<strong><strong>do</strong>s</strong>.<br />

Nos depoimentos das professoras, conforme pode ser observa<strong>do</strong> na Tabela 21 (Apêndice<br />

E, p.210), encontramos <strong>do</strong>is elementos que consideramos como componentes da estrutura<br />

organizacional. Tais elementos são aponta<strong><strong>do</strong>s</strong> pelas professoras como correlaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> á uma

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