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A prática pedagógica dos professores do ensino fundamental

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32:56 P11- Isso, ele fazia, até hoje a “Y” [Professora <strong>do</strong> ano anterior] faz assim com ele, eu falo para ela, pode<br />

fazer assim que ele faz. Então essas pouquíssimas coisas né ficou, eu acho, regras, ele não está mais agressivo<br />

como ele era...<br />

33:13 E – mas a parte <strong>pedagógica</strong> o que você percebe?<br />

33:16 P11- ai, é pouca coisa...era a minha preocupação, que era bastante, você quer que avance, né. Mas é, não<br />

adianta, e o pai cobrava “mas ele não está len<strong>do</strong> ainda, ele tem que ler...” e tem que ler.<br />

33:38 E – E a interpretação de textos, como você percebe? Tem melhora<strong>do</strong>?<br />

33:42 P11 – bastante, bastante...<br />

33:47 E – Então ele teve um avanço que “ficou”?<br />

33:47 P11 – È! È verdade! Risos. Porque como a gente gosta de ler, eu percebia o olhinho assim dele olhan<strong>do</strong><br />

para mim, nem piscava, quan<strong>do</strong> eu estava len<strong>do</strong>.<br />

34:06 E – você percebe que a interpretação dele melhorou devi<strong>do</strong> ao trabalho que você fez ou é porque<br />

ele gosta, pelo interesse?<br />

34:07 P11 – Nossa, ele perguntava, o que as crianças perguntavam ele também respondia, e então isso é que eu<br />

acho engraça<strong>do</strong>, né, porque ele consegue entender o texto, fazer perguntas, entender o que os outros estão<br />

perguntan<strong>do</strong> e na hora da mesa e papel, não passava nada para o papel... Não é engraça<strong>do</strong>?<br />

34:39 P1 – Mas se ele entendeu já está avançan<strong>do</strong>...<br />

34:40 P11 – Nossa, precisa de ver menina! O vídeo, quan<strong>do</strong> a gente assistia vídeo, um filminho, eu perguntava<br />

para ele e ele falava para mim, se eu fizesse uma pergunta, ele responde o que aconteceu. Ele não sabe assim se<br />

eu falar “o nome <strong><strong>do</strong>s</strong> personagens”, mas falava o velhinho, o pato, o gato...mas ele não tinha uma sequência<br />

lógica, não...<br />

35:22P1 – Já com a “X”, nesta questão da sequência lógica em historinhas, ela conta, na sequência. Ela tem<br />

dificuldades em organizar, mas depois de organizada, ela conta, “a meninha estava brincan<strong>do</strong>, aí chegou uma<br />

coleguinha...” ela conta.<br />

35:30 E – Com o apoio que você deu ela conseguiu contar na sequência?<br />

35:34 P1- Oralmente, isso. Ela consegue. Tem um joguinho na escola que tem quatro figuras. Aí primeiro eu<br />

peço para ela organizar as figuras, aí ela vai tentan<strong>do</strong>... Ela é muito participativa. Na aula mesmo quan<strong>do</strong><br />

estamos discutin<strong>do</strong> algum assunto, ela sempre levanta a mão para falar alguma coisa, mesmo que nem tu<strong>do</strong><br />

tenha a ver, mas ela participa da aula.<br />

35:59 E – e quan<strong>do</strong> tem algum assunto que você percebe que está difícil para ela, as perguntas que ela faz<br />

tem algum tipo de relação?<br />

36:12 P1 – assim, consegue fazer uma colocação acerca <strong>do</strong> assunto, não é uma pergunta muito coerente, mas<br />

tem a ver com o assunto...<br />

36:51 P11- Eu acho que depende muito da criança, né Jussara, eu acho que eu consegui muito pouco com o<br />

“X”...<br />

36:58 E – Você acha, Ana?<br />

37:00 P11 – eu queria ter consegui<strong>do</strong> mais, entende. A parte assim dele de agressão melhorou bastante, sabe...<br />

37:18 E – mas olha para o la<strong>do</strong> pedagógico que você contou, será que é tão pouco assim?<br />

37:19 P1 – Eu acho Jussara que o que a Ana quer dizer é que a gente espera que a criança estivesse<br />

alfabetizada, len<strong>do</strong>, e é por isso que a gente fica assim, porque ela fica assim discrepante da sala...<br />

37:52 P11 – è, é isso mesmo. A Cidinha falava assim, olha Ana você já conseguiu muito com ele, tanto é que<br />

no inicio eu tinha me<strong>do</strong> de pegar...eu morria de me<strong>do</strong>.<br />

38:01 P1– Agora o que ajuda muito é a itinerante, quan<strong>do</strong> ela vai lá, eu posso conversar sobre o que eu preciso,<br />

aí já ajuda bastante.<br />

38:08 P11- O “X” eu queria mimar demais, ele melhorou bastante, eu acho que aju<strong>do</strong>u bastante é porque ele<br />

mora só com o pai, ele não tem a parte feminina em casa, entende, então eu acho que um pouco é porque ele se<br />

identificou comigo. De vez em quan<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> a sala estava trabalhan<strong>do</strong>, ele vinha e me perguntava: você tem<br />

filhos? Você é brava com ele? Eu acho legal essas coisas, porque, para ele, ele não tem, aí eu perguntava da<br />

mãe dele e ele falava que era <strong>do</strong>ente...<br />

38:52 E – então ele tem mãe?<br />

38:53 P11 – ele tem mãe, só que assim, ela é <strong>do</strong>ente, durante o dia ela fica no Alan Cardec [hospital<br />

psiquiátrico] e a noite ela <strong>do</strong>rme em casa, toma muito remédio também, ele sente falta... Esse trabalho meu que<br />

eu tive com ele, essa amizade nossa que aju<strong>do</strong>u.e é isso aí que eu consegui...<br />

39:27 – E – muito Obrigada. Vocês me ajudaram muito.<br />

39:29 P11 – eu espero ter ajuda<strong>do</strong>, você sabe, a gente não tem muita experiência assim com essas crianças, né...<br />

39:31 P1 – mas eu gosto muito, fiz até inscrição para fazer uma pós em educação especial, mas a faculdade não<br />

deu resposta, acho que não conseguiram montar a turma. Mas acho que vou fazer psicopedagogia, gosto muito<br />

dessa área.<br />

39:44 – P11 – mas eu acho assim, se você tiver alguma coisa para passar para nós, o que a gente tem que<br />

mudar, o que tem que fazer seria ótimo...aí você passa para a gente!!<br />

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