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III. AS TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS E O DESENVOLVIMENTO RURAL: A<br />

TRAJETÓRIA DA PTA-FASE<br />

O objetivo deste capítulo é apresentar a experiência histórica da Assessoria e<br />

Serviços a Projetos <strong>em</strong> Agricultura Alter<strong>na</strong>tiva (AS-PTA), desde a sua criação, <strong>em</strong><br />

1983, até os dias atuais. Será dada ênfase ao processo de construção de suas propostas e<br />

aos mo<strong>do</strong>s como este processo influenciou e foi influencia<strong>do</strong> pelas mudanças<br />

conjunturais e pelas relações estabelecidas com as diversas instituições que dão suporte<br />

à ação da AS-PTA. Estar<strong>em</strong>os interessa<strong>do</strong>s <strong>em</strong> compreender os motivos e os fatores<br />

que, da<strong>do</strong> momento, tiveram maior peso <strong>em</strong> possíveis mudanças nos valores, <strong>na</strong>s<br />

concepções, nos mo<strong>do</strong>s de organização das propostas de ação e <strong>em</strong> suas estratégias.<br />

Para alcançar tais objetivos, inicia-se situan<strong>do</strong> a experiência da AS-PTA no<br />

con<strong>texto</strong> mais amplo das políticas gover<strong>na</strong>mentais de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

rural. Deste mo<strong>do</strong>, faz-se, inicialmente, uma caracterização <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> convencio<strong>na</strong>l pelo<br />

qual foi proposta, a partir <strong>do</strong>s anos 50, a modernização de amplos setores da agricultura<br />

brasileira, enfatizan<strong>do</strong> o con<strong>texto</strong> <strong>do</strong>s anos 70, auge da difusão <strong>do</strong> modelo de<br />

desenvolvimento conheci<strong>do</strong> como revolução verde. Argumenta-se que a percepção<br />

social sobre as graves conseqüências sociais e ambientais da modernização parcial da<br />

agricultura, aliada ao con<strong>texto</strong> de d<strong>em</strong>ocratização social nos anos 80, possibilitou o<br />

surgimento, por intermédio de vários movimentos sociais, de críticas à agricultura<br />

moder<strong>na</strong> (e às suas conseqüências) e de ações, pouco coorde<strong>na</strong>das, de busca de<br />

alter<strong>na</strong>tivas de produção aos principais prejudica<strong>do</strong>s por aquele processo, os<br />

agricultores de base familiar.<br />

Dentre os atores contestatórios, destaca-se a ação da AS-PTA e da rede de<br />

organizações por ela coorde<strong>na</strong>da. A sua história revela, a partir da divulgação de uma<br />

proposta articula<strong>do</strong>ra, de caráter reformista, a difusão <strong>do</strong> discurso sobre a possibilidade<br />

de uma outra agricultura, alter<strong>na</strong>tiva à convencio<strong>na</strong>l, chaman<strong>do</strong> a atenção para a<br />

necessidade de valorização da agricultura tradicio<strong>na</strong>l, <strong>do</strong>s seus mo<strong>do</strong>s de organizar<br />

sist<strong>em</strong>as de produção e de vida. Neste processo, difund<strong>em</strong> novos significa<strong>do</strong>s, novas<br />

orientações simbólicas e culturais e novos questio<strong>na</strong>mentos sobre os mo<strong>do</strong>s de<br />

promoção <strong>do</strong> desenvolvimento rural. As maneiras como estas novidades interag<strong>em</strong> com<br />

a rede de relações sociais que dá suporte à ação da AS-PTA foram determi<strong>na</strong>n<strong>do</strong><br />

significativas mudanças <strong>em</strong> sua estratégia de ação.<br />

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