26.06.2013 Views

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

seqüência serão apresentadas as principais características das formas convencio<strong>na</strong>is e<br />

alter<strong>na</strong>tivas de a<strong>na</strong>lisar e recomendar a promoção <strong>do</strong> desenvolvimento.<br />

2.2 O desenvolvimento econômico convencio<strong>na</strong>l: <strong>do</strong> otimismo à falência das suas<br />

boas intenções<br />

A noção de desenvolvimento, explica LATOUCHE (1988), data <strong>do</strong> século XVII e<br />

representa um des<strong>do</strong>bramento da idéia de que as sociedades poderiam experimentar um<br />

progresso permanente e auto-impulsio<strong>na</strong><strong>do</strong> de suas potencialidades latentes. As<br />

concepções moder<strong>na</strong>s sobre o desenvolvimento, para COWEN & SHENTON (1996),<br />

tiveram orig<strong>em</strong> no começo <strong>do</strong> século XIX, concomitant<strong>em</strong>ente ao surgimento da própria<br />

Sociologia. Para eles, <strong>em</strong> <strong>texto</strong>s clássicos de Comte, Spencer, Durkheim e Weber<br />

poderia ser encontrada a gênese de várias argüições sobre o desenvolvimento. Assim,<br />

determi<strong>na</strong><strong>do</strong>s aspectos históricos sobre os processos de desenvolvimento, e suas<br />

conseqüências, apareceram com maior clareza e desenvoltura nos estu<strong>do</strong>s acadêmicos<br />

sociológicos, <strong>em</strong> comparação aos esforços teóricos <strong>do</strong>s economistas. A visão construída<br />

sobre o desenvolvimento associava a sua ocorrência à contínua evolução econômica de<br />

uma sociedade, o que garantiria seu progresso, compreendi<strong>do</strong> como a gradual superação<br />

<strong>do</strong>s limites impostos pelos diversos tipos de apego a tradições. Desenvolver, afi<strong>na</strong>l,<br />

nesta perspectiva, também significava romper com um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> envolvimento já<br />

existente. Argumento com o qual concorda STIGLITZ (1998), quan<strong>do</strong> afirma que o<br />

desenvolvimento representa a transformação de uma sociedade, um movimento das<br />

relações e <strong>do</strong>s mo<strong>do</strong>s de pensamento tradicio<strong>na</strong>is <strong>em</strong> direção aos mo<strong>do</strong>s modernos de<br />

lidar com a saúde, a educação e a produção, por ex<strong>em</strong>plo.<br />

Nos esforços para caracterizar o desenvolvimento econômico convencio<strong>na</strong>l, os<br />

teóricos costumam ressaltar que, talvez, o viés mais importante associa<strong>do</strong> à tarefa de sua<br />

promoção, quan<strong>do</strong> relacio<strong>na</strong>da ao campo das políticas macroeconômicas difundidas no<br />

pós-guerra, tenha si<strong>do</strong> seu apego à idéia da existência de uma trajetória comum – ou de<br />

uma única grande transformação – que todas as sociedades atrasadas deveriam percorrer<br />

para superar seu, assim-diagnostica<strong>do</strong>, esta<strong>do</strong> inferior <strong>em</strong> relação a um valor universal<br />

de civilização desenvolvida. Quan<strong>do</strong> direcio<strong>na</strong>da às políticas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, esta percepção<br />

sobre o desenvolvimento pressupunha, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que legitimava e fixava “o”<br />

parâmetro de convergência ou o ponto fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s processos de desenvolvimento. Senão,<br />

vejamos:<br />

O desenvolvimento envolve uma série de transformações intencio<strong>na</strong>lmente induzidas <strong>em</strong><br />

diferentes esferas e setores daquelas sociedades <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is que se atrasaram <strong>em</strong> relação ao<br />

ritmo de avanço da “revolução industrial” <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos modernos, a fim de atender as<br />

crescentes e legítimas aspirações de suas populações e assim superar, <strong>em</strong> curto prazo, os<br />

índices de atraso que caracterizariam sua posição <strong>na</strong> sociedade inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (PINTO,<br />

1970, p.6).<br />

Esta concepção sobre o desenvolvimento foi referendada, inicialmente, pelos<br />

economistas da escola estruturalista. Surgida <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong>, esta escola tornou-se<br />

influente por meio <strong>do</strong>s trabalhos de Raoul Prebisch e de Celso Furta<strong>do</strong>. Ambos<br />

trabalharam, a partir de 1948, <strong>na</strong> Comissão Econômica para a América Lati<strong>na</strong><br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!