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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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argumentos <strong>do</strong>s opositores da idéia de crescimento ilimita<strong>do</strong> como principal<br />

fundamento para alcançá-lo, chaman<strong>do</strong> a atenção tanto para as conseqüências<br />

ambientais quanto sociais de tal perspectiva. Nos países pobres, diversos estudiosos<br />

enfatizaram os limites estruturais que, de acor<strong>do</strong> com sua leitura, reproduziam o<br />

subdesenvolvimento e reclamaram mudanças. Os movimentos contestatórios, a partir de<br />

então, passam a incorporar diversas críticas aos tipos de políticas de promoção <strong>do</strong><br />

desenvolvimento que desconsideravam as especificidades ambientais e culturais <strong>do</strong>s<br />

países pobres e que, ao invés de prover<strong>em</strong> melhorias <strong>na</strong>s condições de vida das<br />

populações mais carentes, proporcio<strong>na</strong>vam-lhes maior dependência a fatores externos,<br />

resultan<strong>do</strong> <strong>em</strong> um ciclo vicioso de reprodução e aumento da pobreza.<br />

Neste con<strong>texto</strong>, de crescente mobilização de organizações da sociedade civil, as<br />

ONGs surgiram com uma novidade institucio<strong>na</strong>l, <strong>em</strong>penhadas <strong>em</strong> construir e difundir<br />

novas visões e novas práticas que buscass<strong>em</strong> fortalecer as capacidades técnicas e<br />

políticas <strong>do</strong>s grupos locais e das organizações de movimentos sociais. Sua ação,<br />

inicialmente bastante localizada, ganhou, ao passar <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po, uma enorme importância<br />

<strong>na</strong> diss<strong>em</strong>i<strong>na</strong>ção de novos valores, objetivos e méto<strong>do</strong>s para a promoção de processos<br />

de desenvolvimento. No con<strong>texto</strong> <strong>do</strong>s anos 90, os resulta<strong>do</strong>s fragmenta<strong>do</strong>s de inúmeras<br />

experiências alter<strong>na</strong>tivas de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento começaram a alimentar<br />

diversas redes de discursos críticos, influencian<strong>do</strong> e contribuin<strong>do</strong> para mudanças<br />

gradativas nos mo<strong>do</strong>s convencio<strong>na</strong>is e <strong>na</strong>s políticas públicas relacio<strong>na</strong>das à promoção<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento.<br />

2.1 Enfoques teóricos sobre o desenvolvimento: uma tipologia<br />

Desde suas origens mais r<strong>em</strong>otas a noção de desenvolvimento v<strong>em</strong> sen<strong>do</strong><br />

construída como reação às intenções e às decorrências <strong>do</strong> próprio processo humano para<br />

tentar transformar, fazer evoluir, progredir ou desenvolver tu<strong>do</strong> <strong>aqui</strong>lo que foi sen<strong>do</strong><br />

valorativamente compreendi<strong>do</strong> como latente, imperfeito, i<strong>na</strong>caba<strong>do</strong>, inciviliza<strong>do</strong> ou<br />

atrasa<strong>do</strong>. As visões sobre o desenvolvimento tenderam a imaginá-lo como um processo<br />

histórico de constante acúmulo e progresso. À s<strong>em</strong>elhança das grandes <strong>na</strong>rrativas<br />

evolucionistas, a idéia de desenvolvimento e a sua realização <strong>em</strong> ações planejadas<br />

ofereceriam outra ord<strong>em</strong> às realidades sociais, partin<strong>do</strong> de con<strong>texto</strong>s mais simples e<br />

tradicio<strong>na</strong>is, alvos destas ações, até alcançar orde<strong>na</strong>mentos sociais mais complexos e<br />

modernos (GIDDENS, 1991).<br />

Ao longo <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po, as visões sobre o desenvolvimento, concretizadas <strong>em</strong><br />

propostas de interação e políticas, transitaram de mo<strong>do</strong>s compreensivos mais simples e<br />

gerais para reflexões mais complexas e diversas, dialogan<strong>do</strong> reflexivamente com<br />

experiências prévias e, neste processo, responden<strong>do</strong> a d<strong>em</strong>andas sociais geradas pelos<br />

próprios limites teóricos e concretos das ações de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento. Como<br />

argumenta HUNT (1989), a história das teorias <strong>do</strong> desenvolvimento também é a história<br />

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