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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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propositivo e esperançoso diante das possibilidades de mudança. To<strong>do</strong> este con<strong>texto</strong><br />

influenciava debates e trazia para o PTA e as organizações que compunham a Rede um<br />

desejo por maior visibilidade e afirmação de suas propostas no cenário político<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, fortalecen<strong>do</strong> o campo de construção de alter<strong>na</strong>tivas políticas. No con<strong>texto</strong><br />

interno <strong>do</strong> PTA, o desejo de afirmação de uma unidade propositiva à proposta de uma<br />

agricultura alter<strong>na</strong>tiva era contrasta<strong>do</strong> com as questões trazidas pelo formato<br />

institucio<strong>na</strong>l que o projeto havia assumi<strong>do</strong> desde 1983. A avaliação era que o trabalho<br />

de coorde<strong>na</strong>ção não havia consegui<strong>do</strong> “dar uma cara” às ações da Rede. Nela, ao<br />

contrário das intenções de fortalecimento de uma unidade propositiva, pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>vam<br />

diferenças de concepção e de estratégia de ação entre as ONGs que a cumpunham. As<br />

necessidades por mudanças também se revelavam no plano interno e – fiel aos<br />

princípios que defend<strong>em</strong> processos decisórios negocia<strong>do</strong>s e participativos – foram<br />

colocadas <strong>em</strong> pauta <strong>em</strong> um grande encontro <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l das várias equipes componentes da<br />

Rede.<br />

Estas questões [as colocadas pelas divergências entre as ONGs da Rede PTA] indicam a<br />

necessidade de um debate <strong>do</strong> conjunto, que torne claro para to<strong>do</strong>s a matriz de pensamento<br />

<strong>do</strong> PTA, seu mo<strong>do</strong> de funcio<strong>na</strong>mento, a divisão das responsabilidades <strong>na</strong> sua condução, sua<br />

estratégia de ação, de crescimento, etc. Estas questões não representam, todavia, uma<br />

tomada de consciência coletiva e parece-nos uma boa hora para a sua explicitação (PTA-<br />

FASE, 1989, p.2).<br />

A pauta <strong>do</strong> Encontrão fazia um roteiro das inquietações que os cinco primeiros<br />

anos de ações concretas trouxeram à discussão. Dela constavam “oito itens básicos” que<br />

guiaram os debates, começan<strong>do</strong> pela discussão sobre as diversas concepções de<br />

tecnologias alter<strong>na</strong>tivas, passan<strong>do</strong> pelas questões das relações entre o projeto, os<br />

movimentos sociais e o Esta<strong>do</strong> e culmi<strong>na</strong>n<strong>do</strong> com um debate sobre a reestruturação<br />

organização institucio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> PTA. 104<br />

O Encontro Nacio<strong>na</strong>l foi pensa<strong>do</strong> pelas Coorde<strong>na</strong>ções como um espaço de reflexão das<br />

práticas cotidia<strong>na</strong>s, dan<strong>do</strong> lugar à explicitação de to<strong>do</strong> tipo de opiniões provenientes <strong>do</strong>s<br />

quadros técnicos tendentes a clarear posições com vistas à consolidação de uma idéia clara<br />

sobre o Projeto e suas possibilidades e limites no curto, médio e longo prazos (SOTO,<br />

1992, p.81 – grifos <strong>do</strong> autor).<br />

Para WEID (1997), a questão das estratégias para difusão de tecnologias havia<br />

si<strong>do</strong> o principal probl<strong>em</strong>a que limitou o trabalho das redes de intercâmbio e <strong>do</strong>s CTAs<br />

<strong>na</strong>queles cinco primeiros anos. Em 1988, o PTA já havia identifica<strong>do</strong> mais de 3000<br />

práticas com tecnologias alter<strong>na</strong>tivas e sist<strong>em</strong>atiza<strong>do</strong> aproximadamente 20% deste total,<br />

indican<strong>do</strong> que havia um significativo acervo de práticas a ser<strong>em</strong> experimentadas ou<br />

difundidas e que o processo de pesquisa fora b<strong>em</strong> sucedi<strong>do</strong>, apesar <strong>do</strong>s limites<br />

enfrenta<strong>do</strong>s. Aos técnicos das diversas equipes caberia, a partir deste acervo, promover<br />

a circulação destas informações entre as comunidades. Este processo de difusão deveria<br />

ser guia<strong>do</strong> por um pressuposto bastante simples. As soluções tecnológicas identificadas<br />

<strong>em</strong> uma determi<strong>na</strong>da comunidade, devidamente sist<strong>em</strong>atizadas, deveriam chegar a<br />

outras localidades que estivess<strong>em</strong> enfrenta<strong>do</strong> um probl<strong>em</strong>a s<strong>em</strong>elhante.<br />

104 Os oito itens da pauta eram os seguintes: (1) A concepção de tecnologia alter<strong>na</strong>tiva; (2) As tecnologias<br />

alter<strong>na</strong>tivas e a transformação social; (3) A <strong>na</strong>tureza e os objetivos <strong>do</strong> PTA; (4) A relação com os movimentos<br />

sociais; (5) Relações com o Esta<strong>do</strong>; (6) Relações com os fi<strong>na</strong>ncia<strong>do</strong>res; (7) Estratégias de crescimento; e (8)<br />

Reestruturação <strong>do</strong> PTA (PTA-FASE, 1988).<br />

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