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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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Projeto de Tecnologias Alter<strong>na</strong>tivas e entrevistas e conversas com alguns profissio<strong>na</strong>is<br />

vincula<strong>do</strong>s, <strong>em</strong> algum momento, a AS-PTA e que estiveram presentes ao I Encontro<br />

Nacio<strong>na</strong>l de Agroecologia (ENA), realiza<strong>do</strong> no Rio de Janeiro <strong>em</strong> agosto de 2002. O<br />

material produzi<strong>do</strong> pelo PTA-FASE e pela AS-PTA foi a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong> seguin<strong>do</strong> a ord<strong>em</strong><br />

cronológica de sua publicação, de mo<strong>do</strong> a situar, nos diversos con<strong>texto</strong>s de mudança<br />

que marcaram sua trajetória, como determi<strong>na</strong>das concepções e t<strong>em</strong>as apareciam ou eram<br />

repensa<strong>do</strong>s ou aban<strong>do</strong><strong>na</strong><strong>do</strong>s. Com isso, foi possível fortalecer a idéia de que a sua<br />

proposta esteve, ao longo de sua trajetória, <strong>em</strong> constante construção.<br />

O objetivo <strong>do</strong> trabalho de pesquisa foi compreender o processo de construção da<br />

proposta da AS-PTA para promover processos locais de assessoria que buscam<br />

fortalecer determi<strong>na</strong>das capacidades institucio<strong>na</strong>is de organizações de agricultores e<br />

interferir nos processos produtivos, aportan<strong>do</strong>-lhes inovações técnicas e meto<strong>do</strong>lógicas.<br />

Partin<strong>do</strong> deste objetivo mais geral, busquei identificar os valores e ideais que orientam<br />

este processo, o formato institucio<strong>na</strong>l assumi<strong>do</strong> pela proposta e as mudanças e<br />

transformações que, ao longo <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po, influenciaram mudanças nos objetivos e rumos<br />

<strong>do</strong> trabalho. De mo<strong>do</strong> compl<strong>em</strong>entar, procurei compreender a <strong>na</strong>tureza das relações <strong>do</strong><br />

processo de construção da proposta com as diversas concepções sobre méto<strong>do</strong>s de<br />

intervenção <strong>em</strong> processos de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento, presentes <strong>em</strong> parte da<br />

literatura que lida com o t<strong>em</strong>a, e seu papel <strong>na</strong> determi<strong>na</strong>ção <strong>do</strong>s rumos trilha<strong>do</strong>s pela<br />

ação da AS-PTA. Por fim, busquei compreender os processos e estratégias institucio<strong>na</strong>is<br />

postos <strong>em</strong> prática para viabilizar a proposta e os impasses gera<strong>do</strong>s ao longo de sua<br />

trajetória.<br />

Para alcançar estes objetivos o <strong>texto</strong> resultante <strong>do</strong> trabalho de pesquisa está<br />

organiza<strong>do</strong> <strong>em</strong> quatro capítulos centrais, além desta introdução e de um último capítulo<br />

que tece considerações fi<strong>na</strong>is sobre o trabalho. No primeiro capítulo, procurei<br />

compreender a orig<strong>em</strong> das ONGs e de seu papel <strong>na</strong> construção social de propostas de<br />

desenvolvimento. Inicialmente, busco compreender como as ONGs de desenvolvimento<br />

se constituíram como tal e, a partir <strong>do</strong>s anos 70, passaram a firmar uma identidade<br />

institucio<strong>na</strong>l própria, fomentada por um sist<strong>em</strong>a inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de cooperação a<br />

iniciativas que procuravam promover ações de desenvolvimento nos países pobres. A<br />

construção desta identidade implicou o estabelecimento de diferenciações no conjunto<br />

mais amplo das ONGs dedicadas ao t<strong>em</strong>a. Algumas permanec<strong>em</strong> vinculadas aos ideais<br />

assistencialistas que marcaram a orig<strong>em</strong> de muitas dessas organizações. Muitas delas se<br />

associaram ao trabalho e ao estilo de organização de diversas entidades privadas<br />

criadas, a partir <strong>do</strong>s anos 50, para estimular processos de desenvolvimento no Terceiro<br />

Mun<strong>do</strong>. Outras, no entanto, construíram sua identidade enfatizan<strong>do</strong> suas diferenças <strong>em</strong><br />

relação ao gover<strong>na</strong>mental e seus mo<strong>do</strong>s de intervenção <strong>na</strong> t<strong>em</strong>ática <strong>do</strong> desenvolvimento.<br />

De uma postura ou caráter originário de cunho assistencialista, algumas ONGs foram,<br />

com o passar <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po e das experiências, incorporan<strong>do</strong> e construin<strong>do</strong> referenciais<br />

teóricos mais críticos, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-se mais propositivas no cenário político.<br />

Este sobrevôo inicial sobre o campo das ONGs de desenvolvimento permite<br />

elaborar uma análise sobre os discursos construí<strong>do</strong>s principalmente por atores que falam<br />

a partir das agências inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de cooperação. Nos anos 90. estes discursos trataram<br />

de e<strong>na</strong>ltecer determi<strong>na</strong>das características destas ONGs, destacan<strong>do</strong> seus atributos <strong>em</strong><br />

comparação aos das agências gover<strong>na</strong>mentais. Às ONGs era atribuída uma imag<strong>em</strong><br />

extr<strong>em</strong>amente positiva, elevan<strong>do</strong>-as ao patamar de virtuais substitutas da ação<br />

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