Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ
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desenvolvimento local e buscou-se concentrar, as ações da AS-PTA e da Rede PTA <strong>em</strong><br />
bases e parceiros de maior potencial, defini<strong>do</strong>s <strong>em</strong> função de sua adesão à proposta<br />
(WEID, 1997, p.30).<br />
4.2 Os programas locais e a construção de novas institucio<strong>na</strong>lidades para o<br />
desenvolvimento<br />
No começo <strong>do</strong>s anos 90, a AS-PTA mu<strong>do</strong>u significativamente sua organização<br />
institucio<strong>na</strong>l. De entidade coorde<strong>na</strong><strong>do</strong>ra de uma ampla rede de organizações, ela passou,<br />
gradativamente, a enfatizar, por um la<strong>do</strong>, o <strong>em</strong>preendimento de ações concretas de<br />
promoção <strong>do</strong> desenvolvimento local com ênfase nos princípios agroecológicos e, por<br />
outro, a concentrar esforços <strong>na</strong> sist<strong>em</strong>atização e difusão de experiências e resulta<strong>do</strong>s<br />
acumula<strong>do</strong>s pelo PTA-FASE e pela Rede PTA. Na ação local, o objetivo era intervir<br />
diretamente <strong>na</strong> modificação <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as de produção, tradicio<strong>na</strong>is e modernos,<br />
contribuin<strong>do</strong>, com a introdução de novas tecnologias, méto<strong>do</strong>s e capacidades, para a<br />
melhoria das condições de vida e de produção <strong>do</strong>s agricultores familiares assisti<strong>do</strong>s. No<br />
plano macro, a intenção era fortalecer a sua capacidade institucio<strong>na</strong>l de influir <strong>na</strong><br />
formulação de políticas públicas (dan<strong>do</strong> visibilidade aos seus méto<strong>do</strong>s e aos resulta<strong>do</strong>s<br />
concretos alcança<strong>do</strong>s <strong>na</strong> ação local) para que elas pudess<strong>em</strong> incorporar os princípios<br />
agroecológicos à promoção <strong>do</strong> desenvolvimento rural (AS-PTA, 1998).<br />
Para alcançar estes objetivos, a partir de 1992, começaram a ser estrutura<strong>do</strong>s<br />
programas institucio<strong>na</strong>is, chama<strong>do</strong>s de “unidades operacio<strong>na</strong>is”, para os quais seriam<br />
organizadas equipes de trabalho para levar adiante os objetivos específicos e as ações<br />
pertinentes ao t<strong>em</strong>a ou foco <strong>do</strong> programa. Assim, três programas principais<br />
(Desenvolvimento Local, Desenvolvimento Meto<strong>do</strong>lógico e Técnico) acolhiam nove<br />
outros programas específicos. 110 Os Programas de Desenvolvimento Local foram<br />
implanta<strong>do</strong>s, a partir de 1993, <strong>em</strong> três esta<strong>do</strong>s, <strong>na</strong> Paraíba (nos municípios de Solânea,<br />
R<strong>em</strong>ígio e Lagoa Seca), no Paraná (<strong>em</strong> 15 municípios da região centro-sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>) e<br />
<strong>em</strong> Per<strong>na</strong>mbuco (no município de Mirandiba). Cada um possuía equipes técnicas<br />
próprias, diretamente vinculadas à AS-PTA.<br />
Dos três programas, o único que se concentrou <strong>em</strong> uma só t<strong>em</strong>ática (manejo de<br />
recursos hídricos) foi o de Mirandiba, cria<strong>do</strong> <strong>em</strong> 1995. Os d<strong>em</strong>ais tinham um escopo<br />
inicial mais amplo, manten<strong>do</strong> atividades <strong>em</strong> diversos eixos de trabalho e prestan<strong>do</strong><br />
assessoria a entidades e organizações representativas <strong>do</strong>s agricultores familiares das<br />
suas regiões de abrangência. O programa de Mirandiba acabou restringin<strong>do</strong> suas<br />
atividades ao desenvolvimento de meto<strong>do</strong>logias para o diagnóstico e planejamento<br />
participativo <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s recursos hídricos, também trabalhan<strong>do</strong> no inventário de<br />
inovações técnicas nesta área. Em 2001, a AS-PTA encerrou sua participação no<br />
110 O programa de Desenvolvimento Local abrangia o programa de desenvolvimento local <strong>do</strong> agreste alto <strong>do</strong><br />
esta<strong>do</strong> da Paraíba, o programa de desenvolvimento local <strong>do</strong> centro-sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná e o programa de<br />
desenvolvimento local de Mirandiba (no sertão central de Per<strong>na</strong>mbuco). O Programa Técnico era composto pelo<br />
Programa de Biodiversidade (<strong>em</strong> convênio com diversas ONGs e com a EMBRAPA), <strong>do</strong> Programa de Recursos<br />
Hídricos, <strong>do</strong> Programa de Agroflorestação (<strong>em</strong> cooperação com a <strong>UFRRJ</strong> e o CNPAB), <strong>do</strong> Programa de Solos, <strong>do</strong><br />
Programa de Políticas Públicas e <strong>do</strong> Programa de Ensino e Pesquisa <strong>em</strong> Agroecologia.<br />
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