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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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assistência social, buscava suprir estas necessidades mais imediatas, distribuin<strong>do</strong><br />

comida, r<strong>em</strong>édios e/ou abrigo. Seu trabalho, de um mo<strong>do</strong> geral, não pressupunha criar<br />

vínculos mais profun<strong>do</strong>s com os beneficiários, conferin<strong>do</strong>, por isso, pouca atenção às<br />

organizações locais, atuan<strong>do</strong> principalmente com os indivíduos e com as famílias.<br />

Many of the larger inter<strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l NGOs such as Catholic Relief Services (CARE), Save the<br />

Children, and World Vision began as charitable relief organizations, to deliver welfare<br />

services to the poor and unfortu<strong>na</strong>te throughout the world. The same pattern is observed in<br />

some <strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l NGOs such as the Bangladesh Rural Advanc<strong>em</strong>ent Committee (BRAC).<br />

Many of th<strong>em</strong> were focused origi<strong>na</strong>lly on <strong>na</strong>tural disaster and refugee situations relating to<br />

floods, famine, and war (KORTEN, 1987, p.148).<br />

Uma segunda geração de estratégias começou a surgir com o trabalho daquelas<br />

ONGs que se aproximaram aos objetivos <strong>do</strong>s diversos projetos de desenvolvimento de<br />

comunidades que, nos países pobres, se tor<strong>na</strong>ram comuns a partir <strong>do</strong>s anos 50. 11 Estas<br />

ONGs trabalhavam, geralmente, muito próximas às ações gover<strong>na</strong>mentais, a partir da<br />

mobilização <strong>do</strong>s recursos e habilidades <strong>do</strong>s pequenos grupos e comunidades, crian<strong>do</strong><br />

maiores vínculos com as organizações locais, <strong>em</strong>bora estes foss<strong>em</strong> limita<strong>do</strong>s ao t<strong>em</strong>po<br />

de duração <strong>do</strong>s projetos de intervenção. O diagnóstico geral que orientava estas<br />

intervenções era que a situação desfavorável <strong>do</strong>s grupos poderia ser superada a partir da<br />

oferta de assistência e capacitação exter<strong>na</strong>s, que possibilitass<strong>em</strong> superar a inércia que,<br />

de acor<strong>do</strong> com a leitura que faziam, caracterizava as ações das instituições locais.<br />

A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> o caso destas organizações no Brasil, OLIVEIRA NETO (1991) argumenta que<br />

as entidades de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento comunitário, de mo<strong>do</strong> importante,<br />

representaram uma renovação <strong>na</strong>s concepções então vigentes sobre a assistência social,<br />

que ganhou força <strong>na</strong>s décadas de 50 e 60.<br />

Ainda que inspiradas nos sentimentos de caridade e filantropia, tais entidades passaram a<br />

fundamentar suas ações <strong>na</strong> máxima: “Não dar o peixe, mas ensi<strong>na</strong>r a pescar”. Assim, atuam<br />

de forma marcante <strong>em</strong> projetos de geração de renda, habilitação e trei<strong>na</strong>mento profissio<strong>na</strong>l,<br />

economia <strong>do</strong>méstica, apoio ao setor informal e micro<strong>em</strong>presas, serviços básicos de saúde e<br />

educação etc. Em geral, apresentam-se sensíveis aos probl<strong>em</strong>as de gerenciamento e<br />

administração e à introdução de inovações meto<strong>do</strong>lógicas e pedagógicas, e possu<strong>em</strong> boa<br />

capacidade de interlocução com o setor priva<strong>do</strong>, organismos gover<strong>na</strong>mentais e agências de<br />

cooperação inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l (OLIVEIRA NETO,1991, pp.137-8).<br />

A partir <strong>do</strong>s anos 80, KORTEN (1990) argumenta que as estratégias de ação das<br />

organizações não gover<strong>na</strong>mentais passaram a considerar os limites da noção de<br />

desenvolvimento comunitário. Seus agentes foram perceben<strong>do</strong> que o desenvolvimento<br />

local auto-suficiente e sustenta<strong>do</strong> somente poderia ser alcança<strong>do</strong> caso estivesse de<br />

algum mo<strong>do</strong> vincula<strong>do</strong> a projetos de desenvolvimento de alcance <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Estas ONGs<br />

11 TREJOS (1998) esclarece que os programas de desenvolvimento de comunidades buscaram, principalmente,<br />

desenvolver organizações de base para a ação local. Eles promoviam um modelo de intervenção mediante a<br />

adesão de d<strong>em</strong>andas coletivas, s<strong>em</strong> envolver a intervenção direta <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, ou até mesmo com absoluta<br />

independência a ele. Estas organizações foram usualmente promovidas como respostas comunitárias à solução de<br />

probl<strong>em</strong>as locais, porém tinham uma grande variedade de origens, diferentes padrões de evolução e capacidade<br />

para a ação. Algumas organizações eram criadas para resolver probl<strong>em</strong>as da pobreza rural ou para prover<br />

serviços; outras tinham por objetivo a promoção de atividades culturais e educacio<strong>na</strong>is, ou para afirmar certos<br />

valores políticos, éticos e até religiosos. As fontes de fi<strong>na</strong>nciamento proviam de três origens básicas: a<br />

constituição de fun<strong>do</strong>s especiais, <strong>em</strong> geral de orig<strong>em</strong> público; a contribuição de fontes exter<strong>na</strong>s, <strong>em</strong> geral de<br />

organismos multilaterais ou filantropos; e, a menos comum delas, a recuperação <strong>do</strong>s custos de operação por<br />

intermédio da cobrança pelos serviços presta<strong>do</strong>s.<br />

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