26.06.2013 Views

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A partir de los años setenta, la disponibilidad de asistencia extranjera dio a los profesio<strong>na</strong>les<br />

jóvenes idealistas uma alter<strong>na</strong>tiva para los <strong>em</strong>pleos guber<strong>na</strong>mentales sin esperanza o la<br />

<strong>em</strong>igración hacia los países desarrolla<strong>do</strong>s. Ahora estos profesio<strong>na</strong>les podían crear miles de<br />

organizaciones de apoyo a las bases (OAB) que se ocuparían del desarrollo, el ambiente, el<br />

papel de las mujeres y la atención médica primaria (FISHER, 1998, pp.25-6).<br />

Esta identidade entre os atores que conduziram estas ações não-gover<strong>na</strong>mentais<br />

também foi construída a partir da legitimação social de um “ethos” opositor, por eles<br />

compartilha<strong>do</strong> (LANDIM, 1987, DOIMO, 1995) 14 . Estes atores tenderam, <strong>em</strong> um primeiro<br />

momento, a se opor às iniciativas gover<strong>na</strong>mentais e a construir suas propostas para<br />

oferecer resistência ao poder instituínte das burocracias estatais e às lógicas <strong>do</strong>s<br />

merca<strong>do</strong>s que, diagnosticavam, não atendiam as d<strong>em</strong>andas mais específicas de<br />

determi<strong>na</strong><strong>do</strong>s setores populares. Neste senti<strong>do</strong>, os atores envolvi<strong>do</strong>s com as iniciativas<br />

não-gover<strong>na</strong>mentais, de um mo<strong>do</strong> geral, agiam <strong>em</strong> uma tentativa de subverter a lógica<br />

perversa <strong>do</strong>s processos decisórios que desconsideram as especificidades e as<br />

reivindicações daqueles grupos locais destituí<strong>do</strong>s da possibilidade de participação mais<br />

b<strong>em</strong> qualificada nos processos políticos.<br />

1.2 A construção da identidade institucio<strong>na</strong>l das ONGs de desenvolvimento<br />

As dificuldades que envolv<strong>em</strong> a tarefa de atribuição de significa<strong>do</strong>s à categoria<br />

ONG reflet<strong>em</strong>, por um la<strong>do</strong>, a relativa novidade institucio<strong>na</strong>l destes atores <strong>na</strong> dinâmica<br />

das relações sociais e como objeto de pesquisa e, por outro, é um reflexo tanto da<br />

enorme diversidade de modelos e de tipos organizacio<strong>na</strong>is que as ONGs pod<strong>em</strong> assumir<br />

<strong>em</strong> suas ações concretas quanto da variedade de concepções sobre os papéis sociais que<br />

lhes são atribuí<strong>do</strong>s. A busca por conceitos e por definições desencadeou um processo<br />

social de construção de uma categoria de análise que possibilite, minimamente,<br />

delimitar o fenômeno ONG (LANDIM, 1998). Tratan<strong>do</strong> sobre as dificuldades que se<br />

apresentam àqueles que estudam as ONGs, FISHER (1998, p.29) afirma que:<br />

u<strong>na</strong> grave dificuldad para evaluar este fenómeno entrelaza<strong>do</strong> del crescimiento y el<br />

intercambio organizacio<strong>na</strong>l e informacio<strong>na</strong>l deriva del hecho de que, mientras han<br />

produci<strong>do</strong> un cuerpo sustancial de conocimientos acerca de organizaciones y movimientos<br />

particulares, la mayoria de las ONG permanece aislada o aun invisible.<br />

Para TEIXEIRA (2002), as interpretações sobre o que seriam as ONGs conformam<br />

um campo social de disputa, no qual diversos atores (acadêmicos, imprensa, governos,<br />

parti<strong>do</strong>s, agências inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, organismos multilaterais etc.), formulam distintas<br />

definições a partir de suas posições sociais.<br />

14 De acor<strong>do</strong> com MONTERO (Apud. DOIMO, 1995), a noção de identidade t<strong>em</strong> um senti<strong>do</strong> antropológico muito<br />

específico, referi<strong>do</strong> a quaisquer situações de crise <strong>em</strong> que a competição ou a luta política se instaura <strong>em</strong> nome de<br />

atributos e de si<strong>na</strong>is culturais (sociais, étnicos, de gênero ou valorativos), opon<strong>do</strong> entre si grupos sociais, seja<br />

contra apelos discrimi<strong>na</strong>tórios, seja pelo pre<strong>do</strong>mínio de uma visão possível, seja pela conquista de um mesmo<br />

espaço social. PLUMMER (1996, p.39) destaca que a política da identidade, tor<strong>na</strong>da pertinente, a partir <strong>do</strong>s anos<br />

60, pela ação de movimentos sociais de minorias étnicas e religiosas e pela questão de gênero, usa tacitamente o<br />

modelo marxiano de consciência de classe, “no qual um grupo subordi<strong>na</strong><strong>do</strong> desenvolve uma percepção autoconsciente<br />

de sua posição social e se galvaniza para a ação política”.<br />

23

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!