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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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incorporavam novas tecnologias geralmente não se adequavam à realidade <strong>do</strong>s<br />

agricultores, por exigir<strong>em</strong> esforços e investimentos além de suas possibilidades:<br />

Embora tenham acumula<strong>do</strong> inúmeras propostas técnicas parciais interessantes, os CTAs,<br />

sobretu<strong>do</strong> <strong>na</strong>s zo<strong>na</strong>s de maiores dificuldades como o s<strong>em</strong>i-ári<strong>do</strong> nordestino, não<br />

conseguiram efetivamente criar um modelo ideal viável. Impasses técnicos que surgiram<br />

ainda estão s<strong>em</strong> solução definitiva, <strong>em</strong> particular o manejo da escassa matéria orgânica<br />

existente e a otimização <strong>do</strong>s recursos hídricos pluviais. Por outro la<strong>do</strong>, os modelos<br />

construí<strong>do</strong>s muitas vezes ignoraram condições objetivas <strong>do</strong>s produtores como a<br />

disponibilidade de mão-de-obra (WEID, 1997, p.17).<br />

Destas constatações, então compartilhadas nos encontros regio<strong>na</strong>is da Rede<br />

PTA, surgiu a proposta de uma meto<strong>do</strong>logia de trabalho que suprisse as deficiências de<br />

conhecimento da realidade das regiões e das condições de vida e produção <strong>do</strong>s<br />

agricultores locais. Os diagnósticos participativos de sist<strong>em</strong>as produtivos passaram a<br />

fazer parte das preocupações <strong>do</strong>s técnicos locais (PTA-FASE, 1988). Estes diagnósticos<br />

seriam os instrumentos facilita<strong>do</strong>res da difusão das tecnologias alter<strong>na</strong>tivas avaliadas<br />

nos CTAs.<br />

3.3 A questão da difusão de tecnologias e a reestruturação <strong>do</strong> PTA <strong>em</strong> 1989<br />

Contan<strong>do</strong> as equipes vinculadas diretamente ao PTA e aquelas constituídas <strong>em</strong><br />

outras entidades, por intermédio de convênios com a FASE, a rede <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> PTA, <strong>em</strong><br />

1988, tinha 11 equipes <strong>na</strong>s regiões nordeste, sudeste e sul <strong>do</strong> Brasil. 103 Naquele mesmo<br />

ano, cinco após o S<strong>em</strong>inário de Campi<strong>na</strong>s, a coorde<strong>na</strong>ção <strong>do</strong> projeto reuniu quase to<strong>do</strong>s<br />

os seus técnicos para avaliar os trabalhos conduzi<strong>do</strong>s até então e para definir novas<br />

estratégias de ação. O Encontro Nacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> PTA, ou simplesmente “o Encontrão”,<br />

como ficou conheci<strong>do</strong>, aconteceu no Rio de Janeiro, entre 12 e 16 de dez<strong>em</strong>bro de 1988,<br />

reunin<strong>do</strong>, além <strong>do</strong>s técnicos das diversas equipes <strong>do</strong> projeto, vários representantes de<br />

entidades conveniadas e diversos outros colabora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> PTA. Estava <strong>em</strong> pauta a<br />

tentativa de alcançar uma maior unidade discursiva <strong>em</strong> torno <strong>do</strong>s objetivos gerais, das<br />

propostas e ações <strong>do</strong> projeto, diante de uma realidade que apontava uma crescente<br />

diversificação de méto<strong>do</strong>s e estratégias de ação entre as equipes.<br />

Era um claro momento de transição, tanto <strong>na</strong>s concepções <strong>do</strong> projeto quanto <strong>na</strong><br />

conjuntura política <strong>do</strong> país. Aproximavam-se as eleições presidenciais de 1989,<br />

estimulan<strong>do</strong> a mobilização <strong>do</strong>s movimentos sociais para que colocass<strong>em</strong> <strong>em</strong> debate suas<br />

reivindicações e propostas. A possibilidade de eleição de um candidato apoia<strong>do</strong> por<br />

estes movimentos e por parti<strong>do</strong>s políticos de esquerda animava um ambiente<br />

103 Sob coorde<strong>na</strong>ção da Regio<strong>na</strong>l Nordeste havia Redes de Intercâmbio no Ceará (ESPLAR), Per<strong>na</strong>mbuco<br />

(Centro Josué de Castro), <strong>na</strong> Bahia e no Maranhão, com equipes <strong>do</strong> próprio PTA-FASE; e CTAs no Ceará<br />

(também vincula<strong>do</strong> à ESPLAR) e <strong>em</strong> Per<strong>na</strong>mbuco, conduzi<strong>do</strong> pelo PTA. Sob coorde<strong>na</strong>ção da Regio<strong>na</strong>l Sul<br />

estavam a Rede de Intercâmbio e o CTAs de Lajes, <strong>em</strong> Santa Catari<strong>na</strong> (Projeto Vianei de Educação) e <strong>do</strong> Rio<br />

Grande <strong>do</strong> Sul (CETAP – Centro de Tecnologias Alter<strong>na</strong>tivas Populares), e a Rede de Intercâmbio <strong>do</strong> Paraná<br />

(RURECO – Fundação para o Desenvolvimento Econômico-Rural para o Centro-Oeste <strong>do</strong> Paraná; e<br />

ASSESSOAR – Associação de Estu<strong>do</strong>s, Orientação e Assistência Rural). À Coorde<strong>na</strong>ção Nacio<strong>na</strong>l, no Rio de<br />

Janeiro, estavam diretamente vinculadas as Redes de Intercâmbio de Mi<strong>na</strong>s Gerais e <strong>do</strong> Espírito Santo e os CTAs<br />

de Montes Claros e Viçosa (Zo<strong>na</strong> da Mata), <strong>em</strong> Mi<strong>na</strong>s Gerais.<br />

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