Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ
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intercâmbio de informações sobre tecnologias alter<strong>na</strong>tivas (conhecidas como “redes de<br />
TA”), estabeleceu como poderiam ser classificadas as tecnologias alter<strong>na</strong>tivas<br />
identificadas e definiu como os fluxos de comunicação no interior de uma rede<br />
deveriam ser trabalha<strong>do</strong>s.<br />
De acor<strong>do</strong> com esta meto<strong>do</strong>logia proposta, o primeiro passo para constituição de<br />
uma rede de TA seria a “sensibilização” de to<strong>do</strong>s os seus potenciais participantes sobre<br />
a importância da busca de alter<strong>na</strong>tivas tecnológicas àquelas possibilitadas pelo modelo<br />
de agricultura moder<strong>na</strong>. A proposta <strong>do</strong> PTA e a sua visão sobre a situação da peque<strong>na</strong><br />
produção agrícola deveriam ser comunicadas a to<strong>do</strong>s os interlocutores. Esta<br />
sensibilização deveria ocorrer por intermédio de contatos pessoais, reuniões e visitas a<br />
pessoas e a organizações, para que foss<strong>em</strong> apresenta<strong>do</strong>s os objetivos mais específicos<br />
<strong>do</strong> projeto e angariar parceiros. Os diversos cursos de capacitação e de trei<strong>na</strong>mento com<br />
novas tecnologias já identificadas eram, igualmente, estratégias importantes para<br />
sensibilizar os atores. Nestes contatos e mesmo nos cursos, a orientação era tentar<br />
romper com o viés autoritário que, pressupunham os técnicos <strong>do</strong> PTA, caracterizava a<br />
intervenção <strong>do</strong>s extensionistas <strong>do</strong> governo, s<strong>em</strong>pre incli<strong>na</strong><strong>do</strong>s a desconsiderar a<br />
importância da participação (e <strong>do</strong> poder de decisão) <strong>do</strong>s agricultores <strong>na</strong> definição de<br />
suas estratégias de ação.<br />
O segun<strong>do</strong> passo seria a identificação <strong>do</strong>s “el<strong>em</strong>entos” que constituiriam a rede<br />
de intercâmbio. Estas redes deveriam ser formadas, preferencialmente, por seis<br />
diferentes tipos de el<strong>em</strong>entos (SIDERSKY & FIGUEIREDO, 1988), abrangen<strong>do</strong><br />
agricultores individuais, geralmente aqueles com algum perfil de liderança <strong>em</strong> sua<br />
comunidade, com iniciativa para d<strong>em</strong>onstrar sua experiência e participar <strong>do</strong> processo<br />
mais amplo de sensibilização de outros agricultores, tanto <strong>em</strong> sua comunidade quanto<br />
<strong>em</strong> suas cercanias; grupos de agricultores que estivess<strong>em</strong> localiza<strong>do</strong>s geograficamente<br />
<strong>em</strong> torno de comunidades, sítios ou de uma organização ou entidade de apoio à sua luta,<br />
por ex<strong>em</strong>plo; organizações de agricultores, associações, sindicatos de trabalha<strong>do</strong>res<br />
rurais etc.; técnico ou profissio<strong>na</strong>l, individualmente ou representantes de agências ou<br />
entidades de pesquisa, assessoria aos movimentos populares ou extensão rural;<br />
instituições privadas, tais como associações profissio<strong>na</strong>is ou de defesa <strong>do</strong> meio<br />
ambiente, por ex<strong>em</strong>plo; e instituições públicas como prefeituras municipais, <strong>em</strong>presas<br />
de extensão rural, instituições oficiais de ensino etc.<br />
No momento da formação de uma rede de intercâmbio, a meto<strong>do</strong>logia sugerida<br />
por Sidesky orientava que seria importante avaliar o papel a ser cumpri<strong>do</strong> por cada um<br />
<strong>do</strong>s atores pertencentes à rede e entender como cada um era por ela atingi<strong>do</strong>. A rede,<br />
com sua própria dinâmica, estaria <strong>em</strong> constante formação. A incorporação de novos<br />
el<strong>em</strong>entos ocorreria por intermédio de referências <strong>do</strong>s contatos pessoais com atores que<br />
tivess<strong>em</strong> alguma experiência desenvolvida <strong>em</strong> propriedades da região ou exercess<strong>em</strong><br />
alguma liderança local.<br />
Esta informação [sobre potenciais novos <strong>integra</strong>ntes da rede] é colhida junto a sindicalistas,<br />
agricultores, agentes pastorais, extensionistas, grupos de apoio etc. Nesta fase normalmente<br />
não possuímos o endereço certo, ten<strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s um contato intermediário que permitirá o<br />
acesso ao local. Consideramos que este el<strong>em</strong>ento está ape<strong>na</strong>s pré-identifica<strong>do</strong>. Num<br />
segun<strong>do</strong> momento passamos a ter informações mais concretas sobre o agricultor e sua<br />
experiência garantin<strong>do</strong> acesso direto a ele. Este el<strong>em</strong>ento fica, então, ple<strong>na</strong>mente<br />
identifica<strong>do</strong>. Fi<strong>na</strong>lmente, através de visitas da nossa equipe e/ou envio de correspondência<br />
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