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Faça aqui o download do texto na integra em pdf. - R1 - UFRRJ

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pre<strong>do</strong>mínio geopolítico de suas idéias formativas. Neste caso, o qualificativo “principal”<br />

(“main”) aparece no lugar de “<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte” ou “heg<strong>em</strong>ônico”. Esta categoria<br />

(“mainstream”) também foi utilizada, por alguns estudiosos, para desig<strong>na</strong>r, de mo<strong>do</strong><br />

equivalente, a abordag<strong>em</strong> estruturalista <strong>do</strong> desenvolvimento, surgida <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong>.<br />

Para HIRSCHMAN (1982), a abordag<strong>em</strong> heg<strong>em</strong>ônica foi desig<strong>na</strong>da sinteticamente de<br />

“development economics”, destacan<strong>do</strong> o viés econômico de sua concepção quan<strong>do</strong><br />

contrastada a perspectivas que reivindicavam outros qualificativos para o<br />

desenvolvimento.<br />

A tipologia construída por HUNT (1989) argumenta que o desenvolvimento<br />

convencio<strong>na</strong>l engloba <strong>do</strong>is paradigmas distintos que surgiram para rejeitar a explicação<br />

<strong>do</strong> paradigma neoclássico aos probl<strong>em</strong>as das economias subdesenvolvidas. Portanto,<br />

para esta autora, o paradigma estruturalista e o paradigma da “expansão <strong>do</strong> núcleo<br />

capitalista dinâmico” conformam o modelo convencio<strong>na</strong>l de promoção <strong>do</strong><br />

desenvolvimento econômico. Para WEBSTER (1990), o desenvolvimento convencio<strong>na</strong>l<br />

aconteceu por intermédio <strong>do</strong> que ele denomi<strong>na</strong> “the tradition/modernity model of<br />

modernisation theory”, destacan<strong>do</strong> o processo de difusão das idéias e valores ocidentais<br />

e da “lógica da industrialização” para promover a modernização o Terceiro Mun<strong>do</strong>,<br />

livran<strong>do</strong>-o <strong>do</strong>, assim-diagnostica<strong>do</strong>, ranço tradicio<strong>na</strong>l. PIETERSE (1998) simplifica a<br />

desig<strong>na</strong>ção de Foster-Carter, anteriormente cita<strong>do</strong>, e categoriza o paradigma <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte<br />

como “mainstream development”, contrapon<strong>do</strong>-o às outras abordagens que se<br />

proclamaram alter<strong>na</strong>tivas a este ou que simplesmente negaram a idéia ou a necessidade<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento. Por fim, <strong>na</strong>s teorias sociais, a “teoria da modernização” (ou<br />

simplesmente “modernização”) e a “industrialização”, particularmente <strong>na</strong> sociologia <strong>do</strong><br />

desenvolvimento, aparec<strong>em</strong> como desig<strong>na</strong>ções mais importantes para significar a<br />

pre<strong>do</strong>minância de um mo<strong>do</strong> normativo de promoção das mudanças sociais a favor <strong>do</strong><br />

desenvolvimento (SZTOMPKA, 1998).<br />

As denomi<strong>na</strong>ções atribuídas aos paradigmas ou aos enfoques de<br />

desenvolvimento alter<strong>na</strong>tivos ao convencio<strong>na</strong>l, a depender <strong>do</strong>s critérios utiliza<strong>do</strong>s pelos<br />

diversos autores, apresentaram uma maior diversidade. Deste mo<strong>do</strong>, para FOSTER-<br />

CARTER (1976), os paradigmas alter<strong>na</strong>tivos de desenvolvimento econômico foram<br />

representa<strong>do</strong>s pelas abordagens neoclássica e neomarxista. CHENERY (1975) e LITTLE<br />

(1982), argumentam que ape<strong>na</strong>s o paradigma neomarxista poderia ser considera<strong>do</strong> uma<br />

abordag<strong>em</strong> alter<strong>na</strong>tiva ao mo<strong>do</strong> convencio<strong>na</strong>l utiliza<strong>do</strong> para conceber o<br />

desenvolvimento econômico. Para HIRSCHMAN (1982), o campo das elaborações<br />

teóricas alter<strong>na</strong>tivas é mais complexo. Além <strong>do</strong>s neomarxistas, o pensamento alter<strong>na</strong>tivo<br />

deveu sua fundamentação aos paradigmas marxista clássico e ao paradigma neoclássico.<br />

A classificação criada por HUNT (1989) vai além. Para ela, os paradigmas<br />

alter<strong>na</strong>tivos ao modelo de desenvolvimento econômico <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte são o neoclássico, o<br />

marxista, o neomarxista, o maoísta e o paradigma das necessidades básicas (“Basic<br />

Needs”). WEBSTER (1990), que não trabalhou com a noção de paradigma, argumenta<br />

que seriam duas as perspectivas alter<strong>na</strong>tivas de desenvolvimento, uma denomi<strong>na</strong>da “the<br />

model of capitalist underdevelopment”, construí<strong>do</strong> pelos teóricos da dependência, e a<br />

outra denomi<strong>na</strong>da chamada de “the ‘alter<strong>na</strong>tive development’ perspective”, um rótulo<br />

que abrangeria um conjunto de idéias que propõ<strong>em</strong> alter<strong>na</strong>tivas ao mo<strong>do</strong> de produção de<br />

massa capitalista, amplamente estabeleci<strong>do</strong>. Fi<strong>na</strong>lmente, para PIETERSE (1998), o campo<br />

da busca de alter<strong>na</strong>tivas ao modelo convencio<strong>na</strong>l de desenvolvimento englobaria três<br />

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