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su historia y sus consecuencias - Unesco

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UNESCO<br />

econômicos, sociais e culturais de maneira abstrata. De acordo com este pres<strong>su</strong>posto, todas as<br />

pessoas seriam iguais, visto o direito à igualdade ser definido constitucionalmente. Mas é preciso<br />

dizer que a igualdade formal não implica igualdade de fato. Ela demanda uma intervenção<br />

ativa do Estado, cuidando de aspectos fundamentais para a sociedade, inclusive de políticas<br />

destinadas a grupos específicos, àqueles mais vulneráveis. Com efeito, este é um tema que afeta<br />

amplas parcelas da sociedade brasileira e, além disso, mexe com representações simbólicas<br />

habilmente construídas ao longo dos anos.<br />

De fato, a ação afirmativa implica usar o poder coercitivo do Estado para impor, ainda<br />

que de forma provisória, uma nova ordem em determinadas áreas das políticas públicas. O<br />

impacto dessas políticas, a <strong>su</strong>a eficácia, está diretamente ligado ao grau de empoderamento e de<br />

mobilização do público beneficiário e da concepção primordial de que os direitos são indivisíveis,<br />

interdependentes e inter-relacionados.<br />

É, porém, com o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva que as recomendações<br />

às instituições governamentais, recomendadas no Programa de Ação de Durban, ganham maior<br />

efetividade.<br />

Um dos primeiros atos do Presidente, logo que tomou posse, em janeiro de 2003, foi<br />

assinar a Lei 10.639-03, no âmbito do Ministério da Educação que instituiu a obrigatoriedade<br />

do ensino da História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e<br />

médio. Ainda junto a esse Ministério foi criada a Secretaria de Educação Continuada,<br />

Alfabetização e Diversidade que articula “programas de combate à discriminação racial e sexual<br />

com projetos de valorização da diversidade étnica”.<br />

Em relação à política externa brasileira houve o estreitamento das relações com a África,<br />

principalmente com os países da CPLP 9 e África do Sul. Segundo o próprio presidente uma<br />

obrigação política, moral e histórica<br />

Mas é através da SEPPIR, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade<br />

Racial, órgão de assessoria direta ao Presidente da República com status de ministério, criada<br />

em 21 de março de 2003, que o atual governo cria mecanismos mais concretos para o<br />

enfrentamento da questão racial e demonstra a importância que está dispensando à promoção<br />

da igualdade racial.<br />

É missão da SEPPIR “acompanhar e coordenar políticas de diferentes ministérios e outros<br />

órgãos do governo brasileiro para promoção da igualdade racial, articular, promover e acompanhar a<br />

execução de diversos programas de cooperação com organismos públicos e privados, nacionais e<br />

internacionais e, ainda, acompanhar e promover o cumprimento de acordos e convenções internacionais<br />

assinados pelo Brasil que digam respeito à promoção da igualdade racial e ao combate ao racismo”.<br />

Assim se institui uma política Nacional de Promoção da Igualdade Racial com o objetivo de<br />

reduzir as desigualdades raciais no Brasil, com ênfase na população negra.<br />

9. Comunidade de Paises de Língua Portuguesa.<br />

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