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unijuí – universidade regional do noroeste do estado do rio grande ...

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a infe<strong>rio</strong>ridade, mas a fragilidade <strong>do</strong> sexo feminino. Por conta dessa proteção, a mulher<br />

devia total obediência ao mari<strong>do</strong>.<br />

Na medida em que ascende a sociedade burguesa européia no século XIX e<br />

com a crescente urbanização, a mulher casada deixa de ser um indivíduo responsável<br />

e to<strong>do</strong>s os atos que pratica, sem autorização <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> ou da justiça eram passíveis de<br />

nulidade. A mulher não podia ser tutora nem membro de um conselho de família, se<br />

aban<strong>do</strong>nasse o lar, era reconduzida por força pública. A adúltera sofria pesadas penas<br />

por representar uma ameaça à sucessão legítima, o mari<strong>do</strong> que mantivesse uma<br />

concubina, sob o mesmo teto, pagava apenas uma pequena multa. Ao mari<strong>do</strong>, era<br />

delega<strong>do</strong> ainda o poder soberano de conceder o perdão, fazen<strong>do</strong> cessar os efeitos da<br />

condenação.<br />

O Código Civil proibia a investigação de paternidade, ao passo que o direito<br />

consuetudiná<strong>rio</strong> exigia que o homem que engravidasse uma moça deveria casar-se<br />

com ela. A mulher não podia dispor <strong>do</strong>s seus bens e <strong>do</strong> seu salá<strong>rio</strong>, e a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

mari<strong>do</strong>, pai ou patrão, poderia ser internada nas casas para tratamento da loucura. Os<br />

mari<strong>do</strong>s também teriam assegura<strong>do</strong> o direito de vigiar as visitas, os passeios, as idas e<br />

vindas e a correspondência da mulher.<br />

Em caso de divórcio, se à mãe é confiada a guarda <strong>do</strong>s filhos, a lei francesa<br />

autorizava ao pai a vigilância na educação e poder de tomada de decisões; na<br />

Alemanha o pai culpa<strong>do</strong> pelo divórcio não perdia o direito de administrar os bens <strong>do</strong><br />

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