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unijuí – universidade regional do noroeste do estado do rio grande ...

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Ou, noutras palavras, se pelo desvio ou pela inversão, as mulheres criam<br />

subterfúgios ínfimos, possibilitan<strong>do</strong>-lhes a apropriação das palavras, inserin<strong>do</strong>-se no<br />

mun<strong>do</strong> moderno pela via indireta da cultura, o que lhes possibilita dizer além <strong>do</strong><br />

discurso masculino. É essa reinvenção que possibilitou a existência de uma nova<br />

mulher no século XXI, ainda que o peso de um modelo tradicional de feminilidade<br />

continue a imperar no imaginá<strong>rio</strong> coletivo e latente, tanto nos conceitos quanto nas<br />

instituições.<br />

Ten<strong>do</strong> como campo teórico o discurso jurídico-penal apresenta<strong>do</strong> no capítulo 1<br />

deste estu<strong>do</strong> e os discursos que instituem o referencial de feminilidade é que se<br />

discute no espaço a seguir a relação da mulher com o Direito Penal contemporâneo.<br />

Trata-se de procurar entender ou compreender a situação das mulheres perante a Lei<br />

Penal. Compreender, assinala Tove Stang Dahl, “é descobrir relações, ter uma visão de<br />

conjunto”. 253<br />

Essa visão de conjunto consiste em refletir sobre as relações, descobrir várias<br />

conexões entre os fenômenos. É ir além da simples descrição e da explicação. É, no<br />

caso deste estu<strong>do</strong>, procurar novas conexões entre o Direito Penal, a sociedade e a<br />

condição da mulher. É entender como o Direito Penal encara as mulheres e como<br />

responde as suas realidades e necessidades.<br />

253 DAHL, Tove Stang. O direito das mulheres: uma introdução à teoria <strong>do</strong> direito feminista. Lisboa: Fundação<br />

Calouste Guilbenkian, 1993, p. 21.<br />

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