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Tribunal de Justiça do Estado do Rio - Emerj

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<strong>de</strong> proferidas em caso concreto. Asseverou, no entanto, quea amplitu<strong>de</strong> conferida ao controle abstrato <strong>de</strong> normas e apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se suspen<strong>de</strong>r, liminarmente, a eficácia <strong>de</strong>leis ou atos normativos, com eficácia geral, no contexto daCF/88, concorreram para infirmar a crença na própria justificativa<strong>do</strong> instituto da suspensão da execução <strong>do</strong> ato peloSena<strong>do</strong>, inspira<strong>do</strong> numa concepção <strong>de</strong> separação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>resque hoje estaria ultrapassada. Ressaltou, a<strong>de</strong>mais, que aoalargar, <strong>de</strong> forma significativa, o rol <strong>de</strong> entes e órgãos legitima<strong>do</strong>sa provocar o STF, no processo <strong>de</strong> controle abstrato<strong>de</strong> normas, o constituinte restringiu a amplitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> controledifuso <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rou o relator que, emrazão disso, bem como da multiplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>tadas<strong>de</strong> eficácia geral e <strong>do</strong> advento da Lei 9.882/99, alterou-se <strong>de</strong>forma radical a concepção que <strong>do</strong>minava sobre a divisão <strong>de</strong>po<strong>de</strong>res, tornan<strong>do</strong> comum no sistema a <strong>de</strong>cisão com eficáciageral, que era excepcional sob a EC 16/65 e a CF 67/69. Salientouserem inevitáveis, portanto, as reinterpretações <strong>do</strong>sinstitutos vincula<strong>do</strong>s ao controle inci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>,notadamente o da exigência da maioria absolutapara <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> e o da suspensão<strong>de</strong> execução da lei pelo Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral. Reputou ser legítimoenten<strong>de</strong>r que, atualmente, a fórmula relativa à suspensão <strong>de</strong>execução da lei pelo Sena<strong>do</strong> há <strong>de</strong> ter simples efeito <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,ou seja, se o STF, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle inci<strong>de</strong>ntal,<strong>de</strong>clarar, <strong>de</strong>finitivamente, que a lei é inconstitucional, essa<strong>de</strong>cisão terá efeitos gerais, fazen<strong>do</strong>-se a comunicação àquelaCasa legislativa para que publique a <strong>de</strong>cisão no Diário <strong>do</strong>Congresso. Concluiu, assim, que as <strong>de</strong>cisões proferidas pelojuízo reclama<strong>do</strong> <strong>de</strong>srespeitaram a eficácia erga omnes que<strong>de</strong>ve ser atribuída à <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> STF no HC 82959/SP. Após,pediu vista o Min. Eros Grau.Cumpre registrar que o Ministro Joaquim Barbosa, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> julgamentoda citada reclamação, divergiu <strong>do</strong> voto <strong>do</strong> Ministro Gilmar Men<strong>de</strong>se reafirmou a subsistência <strong>do</strong> artigo 52, X, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>ser prematura a tese <strong>de</strong> mutação constitucional <strong>do</strong> cita<strong>do</strong> instituto,202R. EMERJ, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, v. 14, n. 56, p. 193-205, out.-<strong>de</strong>z. 2011

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