• Combinando-se o efeito de um dia a menos em fevereiro de 2.009 (-1,2%) com a ausência do feriado dePáscoa (+0,3%) no primeiro trimestre de 2.009, tem-se um efeito calendário consolidado de -0,9%,significando que a queda verificada de -2%, em bases comparáveis, foi de apenas -1,1%, esta sendoatribuída ao efeito da atividade econômica.• Dentre os fatores específicos que contribuíram para as variações apresentadas pelas concessionárias,destacam-se:Autoban: O tráfego de veículos de passeio apresentou crescimento em relação ao mesmo trimestre do anoanterior (+0,8%), apesar do efeito negativo do calendário (-2,3%) para essa categoria de veículos.Desconsiderando-se esse efeito, o crescimento estimado do tráfego de passeio foi da ordem de +3,1% notrimestre. Os veículos comerciais sofreram redução de tráfego de -6,9%, atribuindo-se -6,7% à quedageneralizada da produção industrial (influenciada pela redução no ciclo de estoque e fortes restrições decrédito) e queda das exportações e -0,2% ao efeito calendário, combinação de feriados e ano bissexto.NovaDutra: Os veículos de passeio apresentaram queda no trimestre (-1,3%) fortemente influenciada peloefeito calendário dos feriados (-3,2%). Expurgando-se esse efeito, o crescimento estimado foi da ordem de+1,9% no trimestre. Os veículos comerciais sofreram redução de tráfego de -5,4%, atribuindo-se -4,9% àqueda generalizada da produção industrial (influenciada pela redução no ciclo de estoque e fortes restriçõesde crédito) e queda das exportações e -0,5% ao efeito calendário, combinação de feriados e ano bissexto.ViaOeste: O tráfego de veículos de passeio apresentou crescimento em relação ao mesmo trimestre do anoanterior (+1,1%), apesar do efeito negativo do calendário (-2,5%). Expurgando-se esse efeito o crescimentoestimado foi da ordem de +3,6% no trimestre. Os veículos comerciais sofreram redução de tráfego de -0,6%, atribuindo-se -0,9% à queda generalizada da produção industrial (influenciada pela redução no ciclode estoque e fortes restrições de crédito) e queda das exportações e +0,3% ao efeito calendário, combinaçãode feriados e ano bissexto.RodoNorte: Os veículos de passeio apresentaram queda no trimestre (-1,6%), fortemente influenciada peloefeito calendário (-3,8%). Expurgando-se esse efeito o crescimento estimado foi da ordem de +2,2% notrimestre. Os veículos comerciais sofreram redução de tráfego de -2,9%, atribuindo-se -3,6% à queda dasexportações e +0,7% ao efeito calendário, combinação de feriados e ano bissexto. O tráfego comercialcontinua sendo impactado pela redução na exportação dos produtos agropecuários, principalmente o milhoe a carne, assim como a baixa importação de fertilizantes devido aos elevados preços dolarizados.ViaLagos: O tráfego de veículos de passeio apresentou grande crescimento em relação ao mesmo trimestredo ano anterior (+6,1%), apesar do efeito negativo do calendário (-4,1%). Expurgando-se esse efeito ocrescimento estimado foi da ordem de +10,2% no trimestre. A apreciação do dólar e a incerteza com relaçãoà crise fomentaram o turismo interno. Os veículos comerciais também apresentaram grande crescimento(+6,9%) devido à necessidade de abastecimento para atender à demanda de turismo na região dos Lagos.Expurgando-se o efeito calendário (-4,1%), o crescimento do tráfego de veículos comerciais estimado foi daordem de +11% no trimestre.Ponte: Os veículos de passeio apresentaram crescimento no trimestre (+0,9%), apesar do efeito negativo docalendário (-0,5%). Expurgando-se esse efeito, o crescimento estimado foi da ordem de +1,4% no trimestre.Os veículos comerciais também apresentaram crescimento (+1,2%), atribuindo-se +2% à atividadeeconômica e -0,8% ao efeito calendário, combinação de feriados e ano bissexto. Os tráfegos de veículos depasseio e também o de veículos comerciais apresentaram crescimento no trimestre devido, principalmente, àcaracterística de tráfego pendular com alta concentração no setor de serviços.Renovias: Os veículos de passeio apresentaram queda no trimestre de -0,6% fortemente influenciada peloefeito calendário (-3,1%). Expurgando-se esse efeito o crescimento estimado foi da ordem de +2,5% notrimestre. Os veículos comerciais sofreram redução de tráfego de -4,5%, atribuindo-se -4,8% à quedageneralizada da produção industrial (influenciada pela redução no ciclo de estoque e fortes restrições decrédito) e queda das exportações e +0,3% ao efeito calendário, combinação de feriados e ano bissexto.RodoAnel: A redução de congestionamentos nas vias alternativas, ocasionada pela queda da atividadeeconômica, propiciou a utilização destas vias, e foi a principal responsável pelo desempenho do tráfegoregistrado durante o trimestre. A expectativa é que o retorno deste tráfego para o Rodoanel seja gradual,após o reconhecimento, pelos usuários, dos benefícios de custo, tempo e segurança proporcionados pelaText_SP 2440757v1 3271/29 104
concessionária. Esta recuperação é chamada de efeito “ramp-up” e, no caso do Rodoanel, verifica-seclaramente sua ocorrência, dados os crescimentos de tráfego de 5,8% registrado em Janeiro sobreDezembro, de 7,6% em Fevereiro sobre Janeiro e de 6,3% em Março sobre Fevereiro. Dessa forma, nossaestimativa para 2.009 é que o tráfego do Rodoanel fique, aproximadamente, 13% aquém da projeção inicial.Deduções da Receita BrutaAs deduções da receita passaram de R$47.696 mil em 2.008 para R$58.452 mil em 2.009, apresentando umaumento de 22,55%. O aumento ocorreu principalmente em função do aumento da receita operacional bruta.Custos dos Serviços PrestadosOs custos dos serviços prestados passaram de R$247.938 mil em 2.008 para R$299.935 mil em 2.009,representando um aumento de 20,97%. As razões para o aumento estão demonstradas a seguir:A depreciação e amortização passou de R$77.312 mil em 2.008 para R$87.394 mil em 2.009, representando umaumento de 13,04%. O aumento é decorrente da transferência de ativo em andamento para ativo definitivo, emrazão de conclusão de diversos projetos (notadamente os ativos de infra-estrutura das concessionárias, tais comopavimentos, pontes, obras-de-arte e viadutos) e conseqüentemente início da depreciação.O custo da outorga passou de R$45.889 mil em 2.008 para R$60.927 mil em 2.009, representando um aumentode 32,77%, sendo a razão para isso, o reajuste anual do valor da outorga fixa, em julho de 2.008 (AutoBAn eViaOeste), bem como, os valores registrados pela Renovias, no montante de R$2.098 mil (empresa adquirida em2.008) e pelo RodoAnel, no montante de R$8.424 mil, cujo início das operações ocorreu em dezembro de 2.008.O Custo de Serviços de Terceiros passou de R$69.658 mil em 2.008 para R$75.869 mil em 2.009, representandoum aumento de 8,92%. Esse aumento deveu-se principalmente à manutenção em sistemas de comunicação,softwares e equipamentos na RodoNorte, e a maior conservação de rotina na NovaDutra, RodoNorte e ViaOeste,sendo nesta última devido a incorporação do trecho do Cebolão e Marginal Tietê.O Custo com Pessoal passou de R$30.416 mil em 2.008 para R$41.625 mil em 2.009, representado um aumentode 36,85%. Esse crescimento deveu-se principalmente aos seguintes fatores: (i) Dissídio de 4% ocorrido emmarço de 2.009 e (ii) ao aumento do quadro de funcionários (+647 funcionários), principalmente nasConcessionárias RodoAnel (início de operações em dezembro de 2.008) e ViaQuatro (iii) consolidação daRenovias, adquirida em junho de 2.008.Os Outros Custos, representados por gastos com seguros, aluguéis, despesa de propaganda e publicidade,viagens e tarifas sobre meios eletrônicos de pagamento, passaram de R$18.833 mil em 2.008 para R$23.594 milem 2.009, apresentando um aumento de 25,28%. O incremento é devido ao aumento do consumo de materialpara manutenção e conservação de rotina.Despesas administrativasAs Despesas Administrativas passaram de R$52.693 mil em 2.008 para R$61.328 mil em 2.009, representandoum aumento de 16,39%. O aumento das despesas administrativas está relacionado a alguns principais fatores, osquais são:• Dissídio de 4% ocorrido em março de 2.009;• Aumento na depreciação e amortização de bens do ativo imobilizado (administrativos) e do ativo diferidono RodoAnel e Renovias, nos montantes de R$2.783 mil e R$3.017 mil, respectivamente.Resultado Financeiro (Despesas Financeiras líquidas das Receitas Financeiras)O resultado financeiro, que engloba as receitas e despesas financeiras passou de R$62.325 mil em 2.008 paraR$82.910 mil em 2.009, representando um aumento 33,03%. Este aumento deveu-se principalmente aosseguintes fatores:• A variação da operação de swap resultou perda de R$13.803mil. Essa perda ocorreu principalmente emfunção da desvalorização do dólar norte-americano e do Iene japonês perante o Real.Text_SP 2440757v1 3271/29 105
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