ICOM International Council of Museums - International Institute for ...

MUSEU E MUSEOLOGÍA: ITINERÁRIOS E ENFRENTAMENTOSCONTEMPORÂNEOSNilson Alves de Moraes – BrasilUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO/PPG-PMUSResumoPensamos as relações entre História, Museu e instituições da cultura como parte deum projeto que exige revisão dos modelos que orientaram suas ações, políticas,modos de compreensão e fazer. As reflexões contemporâneas enfrentamsetorialmente os desafios e os discursos articulam-se como realidade objetiva. Ocotidiano, a subjetividade, a pluralidade, a disputa de orientação exigem aportes ecapacidade de incorporar novos elementos às práticas e ao conhecimento. O museuproduz e orienta-se por itinerários que não se originam, necessariamente, entre suasfronteiras, em seus teóricos e seus profissionais. Retomar a produção de reflexõesexige pensar o Museu como instituição e saber inter-campo.Palavras Chave1. História 2. Museu 3. Cultura 4. InstituiçõesAbstractWe consider relationship among History, Museum and cultural institutions as partof a project that requires new ideas and new actions. In general, modern theories facechallenges and discourses as concrete reality. Everyday life, subjectivity, plurality askfor more comprehensive approaches and a capacity of incorporating new elements topractices and production of knowledge. Museum generates and goes throughintineraries not necessarily originated in its walls or by its scholars or officers. Theimage of a new museum is to be revealed in the light of an institution capable toproduce a crossing-border knowledge.Keywords:1.History 2.Museum 3.Culture 4.InstitutionsIntrodução: incômodos e modos de pensar a História, a Cultura e o MuseuNosso objeto de estudo exige repensar teorias onde o Estado ocupa papel central. OEstado constitui "um campo privilegiado de lutas institucionais e discursivas" (Moraes,1997), para o qual se dirigem esforços de alianças e composições políticas. O Estadoé, também, espaço de formulação de estratégias de resistência aos grupos e aliançasno poder. Nas últimas décadas, segmentos sociais e projetos socioculturais estiveramde acordo quanto ao papel do Estado: coordenador e gestor dos planos, programas eserviços culturais e museológicos. O Estado é a principal arena de negociação,acesso, intermediação e pressão. O Estado é o seu principal interlocutor, emboraalguns setores organizados falem para a sociedade, é, principalmente, para o Estadoque se dirigem às diversas ações e expectativas.Profissionais de cultura e museus -comprometidos com os movimentos sociaisdemonstram,no momento em que ocupam postos privilegiados no planejamento e103