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ICOM International Council of Museums - International Institute for ...

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intercambiar métodos, técnica e intercambiar enfoque, deve-se articular diversastemporalidades considerando as necessidades e os olhares do campo, “não se deveesquecer as disciplinas emergentes que tratam das novas tecnologias e de seuimpacto trans<strong>for</strong>mador na sociedade, na cultura, na política e na comunicação”.Documento preocupado com a renovação do olhar e das relações entre as disciplinasque produzem uma compreensão da História e da sociedade se coloca contra todosos es<strong>for</strong>ços acadêmicos e políticos que favorecem a fragmentação. Os fragmentos edescontinuidades existem numa lógica que lhes é anterior, diante de um processosocial, político e histórico. O fragmento e a descontinuidade não deixam de ser partes,momentos ou movimentos do todo, de uma integralidade. Não se trata de negar aherança recebida pela produção e pelo caminhar do campo, não se trata de anular oudesqualificar a produção realizada. Trata-se de adicionar criticamente novos aportes,contribuições e possibilidades.Conclusão e Reflexões Iniciais: ponto de partida ou porto de partidaPonto de partida da prática e análise museológica, a História produziu condições parareflexões de disciplinas que tomam a cultura e suas instituições como objeto deconhecimento. Ela necessariamente não possuía esta pretensão, foi, muitas vezes,instrumento. Disciplinas que proclamam ou reclamam um novo olhar da História,reafirmando a sua importância para o conhecimento, um diálogo.O Museu é uma instituição que atravessa a ciência e a sociedade, orienta ações econcepções. Dialogar é toma-lo em sua tensão e possibilidades, visitar suasespecificidades, perceber as suas diferentes leituras, recusar soluções simplistas oumessiânicas. É saber e produzir lutas permanentes.A natureza do Museu é multi-inter e transdisciplinar como revela seu objeto emetodologia. O Museu é estratégico na construção da realidade, da identidadecultural, do patrimônio local e das estratégias de veiculação da produção e modo deser do homem. O Museu se constitui num jogo de tensões, símbolos, discursos,representações sociais (Moraes, 1997). O Museu possui, considera e se trans<strong>for</strong>manas permanências e rupturas que viabilizam a constituição de padrões relacionais ediscursivos. Neste sentido, a História e as reflexões produzidas por antropólogos,sociólogos, comunicadores, artistas plásticos, entre outros devem ser valorizadas ouestaremos, mais uma vez, retomando o caminho e o caminhar.O Museu não começa, não se esgota ou se explica por ele mesmo. Pensar e produzirconhecimento no campo do Museu exige repensar os modelos que estão sendoquestionados e os motivos e grupos interessados nesta reflexão. Falando de Museu epensando também a questão do Patrimônio.Acredito que não haja possibilidade de acaso ou de neutralidade diante doquestionamento realizado e diante das motivações e grupos que adotam a atitude deruptura e de afirmação de novos referenciais. Por este motivo, não pretendo apontar oMuseu e o Patrimônio como práticas ou saberes trans-multi-interdisciplinares, elesatravessam e se alimentam de diferentes campos, linguagens e procedimentos. Donosso ponto de vista, o Museu e o Patrimônio produzem uma condição inter-campo.Analisar a Museologia como uma estrutura inter-campo significa deslocar o debate dadimensão disciplinar para a relação entre campos do conhecimento. O campo é<strong>for</strong>mulador e implementador de estruturas que pretende objetivar relações e posiçõessociais, a partir de lugares sociais específicos. Isto é, o campo é <strong>for</strong>mado de estruturasobjetivas que independem, para a sua existência ou continuidade, de interesses eestratégias conjunturais. Estruturas objetivas, visto que o campo também ao produzirpromove as condições de sua reprodução social. O campo social faz-se duradouro epermanente, mas capaz de mudar.O campo é um espaço estruturador e estruturante fundamentado em relações estáveise compartilhado pelas partes, sem que isto signifique uma adesão automática ao queele pretende impor.O campo produz regras, é um espaço de conflitos e de109

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