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ICOM International Council of Museums - International Institute for ...

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ecebendo uma grande demanda de visitantes, poucos são turistas. Estes poucosturistas não chegam ao Museu por meio de ações voltadas para o fim de atrai-los, nãohá esta preocupação uma vez que os turistas não são o público alvo do MhAB. Adivulgação do Museu como atrativo turístico é feira através de outros órgãos daprefeitura, como a Belotur – Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte.Quanto aos projetos desenvolvidos pela equipe do MhAB que a Dra. Thaïs identificacomo de maior atratividade turística incluem-se as exposições realizadas no casarão enas salas internas do edifício-sede e alguns projetos culturais como “Contando aHistória", "Teatro no Casarão", "Brincando no Museu", "Domingo no MHAB" e “Projeto2 tempos”, contemplados pelos programas de Educação Patrimonial e DifusãoCultural.De acordo com a entrevistada o controle de visitação do MhAB é feito através do livrode assinatura das exposições, em que consta o pedido de nome, origem, pr<strong>of</strong>issão eidade, e através do agendamento de escolas e grupos de visitação. Nos eventos ao arlivre e os de dentro do auditório do edifício-sede é feita uma estimativa de público.Além disso, o museu, através da AAMHAB, aluga alguns espaços para terceiros, comoeventos de lançamento de livros. Nestes eventos também é feita uma estimativa depúblico.Sobre a questão referente ao que os turistas são levados a refletir ao entrar no museu,Dra. Thaïs coloca que como em qualquer museu histórico, o turista é levado a pensarsobre a história da cidade e sobre o papel dos museus na atualidade. Ela esclareceque as exposições não são concebidas para turistas, porém quer que sua linguagemseja universal. A exposição permanente do casarão tem legenda em inglês, o que éuma ação nova da atual administração. Nas exposições médias as traduções não sã<strong>of</strong>eitas. Isso se dá pela ausência cultural brasileira de traduções e pelas prioridades quea administração tem que contemplar com orçamentos apertados.ConclusõesNo Brasil a relação entre turismo e museus é ainda incipiente, assim como o apelocultural como um todo para o turismo. É preciso entender o patrimônio como umconjunto dinâmico das manifestações culturais e os museus como um dos principaisresponsáveis na sua comunicação. Um programa de educação patrimonial se faznecessário para aqueles turistas despreparados intelectualmente e que podem colocarem risco os acervos. A elaboração de um guia básico de educação patrimonial, oacompanhamento de guias capacitados, utilização de espaços (boletins jornais,revistas) para passar in<strong>for</strong>mações mais detalhadas, são <strong>for</strong>mas de envolver o turista eeduca-lo além de servir como mecanismo de divulgação do produto turístico culturalda região.Deve-se reconhecer os museus como instrumentos de <strong>for</strong>talecimento de identidade, eestes devem reconhecer sua importância como atrativo turístico. O próprio turismopode ser enxergado como fonte de sustentação, uma vez que a cobrança deingressos, venda de souvenirs, locação de espaços para eventos, <strong>of</strong>erta alimentar,publicações, etc, trazem recursos financeiros. No caso de museus públicos quemuitas vezes não podem cobrar pelos serviços e produtos <strong>of</strong>erecidos, estes podemser geridos e re-investidos através das associações de amigos.Os museus devem manter diálogo com os órgãos municipais gestores do turismo,contribuindo para projetos culturais mais amplos que gerarão benefícios econômicos esociais. Devem participar nas discussões relativas as leis, decretos e resoluções, ouseja, das políticas públicas que são instrumentos de planejamento.Seria interessante vermos também os museus em diálogo com as operadoras deturismo, pois são elas que elaboram, organizam e negociam os roteiros turísticos.Geralmente quando tratamos de cultura, o turista não estará dependendo dascondições climáticas para visitações diversas, além deste fator influenciarpositivamente nas questões de sazonalidade no turismo.195

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