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ICOM International Council of Museums - International Institute for ...

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a conjuntura levando em consideração a capacidade social, das tecnologias e dosmeios de comunicação social em atribuir e produzir ou orientar sentidos e visibilidadesa determinados processos sociais. Todos os dias, os homens são influenciados emsuas opões e decisões pelos meios de comunicação e pelas possibilidades relacionaise simbólicas constituídas pelas novas tecnologias.Uma nova seleção sobre o real e seu mundo relacional é introduzida pra complexificare tencionar as relações humanas e sociais. Um –suposto- mundo e uma sucessão deacontecimentos e eventos são atribuídos e construídos arbitrariamente e, por vezes,<strong>for</strong>a do controle social em que orientações e induções são despercebidas. Fatos,personagens, situações, discursos, prioridades, cronogramas são marcas de umahierarquia e sucessões de fenômenos constituídos como reais, verdadeiros, únicos,excepcionais. Uma seleção de acontecimentos, eventos e processos são enfatizadosou silenciados segundo interesses, estratégias e lógicas que escapam aos cidadãos.Novas condições que permitem toda a sorte de produção de sentidos, modelosrelacionais e de produção são introduzidos nas esferas do poder de estado e dosinteresses privados.Braudel(1992) afirmava que o historiador criava os seus materiais, ou se quisesse, eracapaz de recriá-los; esta perspectiva demonstra que, o historiador parte para opassado com uma intenção precisa, um problema a resolver, uma hipótese de trabalhoa verificar. Este processo também permite uma atitude e uma produção sobre osacontecimentos que marcam o cotidiano dos homens.Esta análise é herdeira de um movimento denominado “História Imediata”. Na origemdeste movimento encontramos a produção coletiva de um documento que em si traz atradição e a novidade. Um documento escrito em <strong>for</strong>ma de “manifesto”, resultado delongo debate e da constituição de uma rede que discutia suas instituições e países apartir de recursos in<strong>for</strong>macionais, na rede internet.A produção e veiculação de um documento (“manifesto”), obra de natureza planetária,escrita em conjunto e democraticamente através de uma rede, suporte tecnológico, esubscrito por intelectuais de diferentes <strong>for</strong>mações em diferentes países e instituições.O documento é encontrado na home page (www.h.debate.com) sendo possível discutiloe estabelecer contato com outros pensadores que acatam ou não estas premissas eorientações intelectuais, estabelecendo um diálogo permanente e comprometido coma inclusão e a convivência. O Manifesto aponta doze temas de enfrentamentos teóricometodológicosque não dizem respeito apenas à ciência da História, mas às reflexõesdos produtores de diferentes <strong>for</strong>mações disciplinares.O inicio deste século não esgotou ou apagou as marcas da História e seusdesdobramentos. As reflexões e os dilemas epistemológicos que influenciam ou seexplicitam em trabalhos contemporâneos é ponto de partida para o debate científico.“Ciência com sujeito” estabelece uma crítica ao suposto objetivismo científico, ingênuoe de graves efeitos políticos, em contraste com a ênfase às análises subjetivistaspredominantes conjunturalmente. Analisa os elementos subjetivos que influenciam noprocesso de conhecimento apr<strong>of</strong>undando os fenômenos estudados e torna os estudosmais rigorosos.No desafio de ampliar os suportes e fontes que in<strong>for</strong>mam as análises, incluindo aschamadas não-fontes, pretendem incorporar novas metodologias, temas, perguntas elinhas de pesquisas. A História renovada e revigorada no contato com o mundoempírico recupera a idéia e a prática da inovação no cotidiano dos cientistas e docampo. O olhar se humaniza e ganha capacidade de perceber as sutilezas dosfenômenos e lutas. Deste olhar e questões emerge a necessidade de propor novosparadigmas. A utopia, condenada pelos neoliberais, pragmáticos e homens do podernão deve ser descartada.A inovação aparece como desafio interdisciplinar. A História, assim como aMuseologia, segundo a lógica do Manifesto, deve construir “pontes que criemintercâmbios no vasto arquipélago que se converteu nossa disciplina nas últimasdécadas”. O Manifesto lembra a importância das articulações, afirma que além de108

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