18.04.2013 Views

Direito em Movimento - Emerj

Direito em Movimento - Emerj

Direito em Movimento - Emerj

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CONDOMÍNIO. ACIDENTE EM PORTA DE ELEVADOR. DEFEITO NO<br />

ELEVADOR COMPROVADO. DANO MORAL CONFIGURADO. DEVER DE<br />

INDENIZAR. PROCEDÊNCIA PARCIAL. (PROC. Nº 2000.800.059646-<br />

4 - DR. JOSÉ GUILHERME VASI WERNER)<br />

V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - COPACABANA - COMARCA DA CAPITAL<br />

SENTENÇA<br />

VISTOS ETC.<br />

Trata-se de ação movida por M., no rito especial da Lei<br />

9.099/95, <strong>em</strong> face de CONDOMINIO DO EDIFICIO T., qualificados<br />

anteriormente.<br />

Dispensado o relatório na forma do artigo 38 da aludida lei,<br />

passo a decidir.<br />

Não há necessidade de produção de prova pericial médica.<br />

Embora a autora levante na inicial o prejuízo à sua rotina de trabalho,<br />

a indenização que pleiteia nisso não se fundamenta.<br />

A contestação não impugna a existência mesma do evento,<br />

ou seja, o acidente com a porta pantográfica do elevador. Apenas<br />

levanta a insignificância do dano. Diz que a autora não d<strong>em</strong>onstrou<br />

ter fraturado o dedo, conforme indicaria um dos documentos que<br />

ela própria juntou.<br />

T<strong>em</strong> razão a ré, <strong>em</strong> parte. No que se refere à extensão do<br />

dano, claro está pelo documento de fls. que não alcançou a<br />

gravidade alegada. Não obstante, a autora teve sua mão de alguma<br />

forma machucada pela porta do elevador. O fato de ter o condomínio<br />

iniciado as providências do conserto não afasta sua responsabilidade<br />

pela omissão no dever de conservação e zelo pelas coisas comuns.<br />

Vê-se que as providências tomadas não foram suficientes para<br />

evitar o dano. Talvez devesse ter interditado o elevador.<br />

Muito <strong>em</strong>bora o Código Civil brasileiro somente imponha regras<br />

quanto ao ressarcimento pelos danos causados por animais e por<br />

ruína de edifícios (artigos 1.527, 1.528 e 1.529), não se pode dizer<br />

que sejam essas as únicas hipóteses de responsabilização pelo<br />

fato da coisa.<br />

Como b<strong>em</strong> l<strong>em</strong>bra o ilustre Des<strong>em</strong>bargador Sergio Cavalieri Filho,<br />

nosso estatuto "não contém preceito idêntico ao do art. 1.384, I,<br />

parte final, do Código Napoleônico, responsabilizando alguém pelo<br />

dano causado a outr<strong>em</strong> por coisas que estão sob a sua guarda"<br />

<strong>Direito</strong> <strong>em</strong> <strong>Movimento</strong> 53

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!