18.04.2013 Views

Direito em Movimento - Emerj

Direito em Movimento - Emerj

Direito em Movimento - Emerj

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DIREITO DE VIZINHANÇA. LATIDOS DE CACHORRO. AUTORA QUE ALEGA<br />

QUE, ALÉM DOS LATIDOS, A RÉ COSTUMAVA DEIXAR O CÃO, POR<br />

EXTENSOS PERÍODOS, NA ÁREA COMUM, IMPOSSIBILITANDO A MESMA<br />

DE TRANSITAR LIVREMENTE. INEXISTÊNCIA DE CONDUTA ILÍCITA QUE<br />

PUDESSE JUSTIFICAR INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.<br />

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. IMPROCEDÊNCIA. (PROC. Nº<br />

2003.800.001544-9- DRA. MILENA ANGÉLICA DRUMOND MORAIS).<br />

V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - COPACABANA - COMARCA DA CAPITAL<br />

64 <strong>Direito</strong> <strong>em</strong> <strong>Movimento</strong><br />

SENTENÇA<br />

Dispensado o Relatório, na forma do artigo 38 da Lei nº 9.099/95,<br />

passo a decidir.<br />

Versa a presente d<strong>em</strong>anda sobre turbação ao direito de<br />

vizinhança que a autora alega sofrer <strong>em</strong> função determinados ruídos<br />

que viriam da residência da ré, devido aos latidos de seu cachorro,<br />

à noite. Alega a autora que, além do alegado, a ré costumava<br />

deixar o referido cão, por extensos períodos, na área <strong>em</strong> comum,<br />

impossibilitando à autora transitar livr<strong>em</strong>ente, e que tal fato teria<br />

sido resultado de desentendimento entre as partes. Pretende por<br />

isto que a ré seja condenada ao pagamento de indenização por<br />

danos morais, ao adestramento de seu cão e ao controle do mesmo<br />

ou qualquer animal que venha a lhe causar transtornos.<br />

A parte ré alega <strong>em</strong> sua defesa que os referidos ruídos seriam<br />

absolutamente normais e toleráveis e que os barulhos e incômodos<br />

alegados na inicial seriam inexistentes à noite, quando seu cão<br />

dorme s<strong>em</strong> fazer ruídos. Aduz por fim a inexistência de danos morais<br />

a indenizar. Requer por isto a improcedência dos pedidos iniciais.<br />

Primeiramente cabe estabelecer que a relação jurídica objeto<br />

da presente é de cunho subjetivo, cabendo à parte autora o ônus<br />

da prova, conforme reza o artigo 333, inciso I, do Código de<br />

Processo Civil brasileiro, aplicado subsidiariamente à espécie.<br />

De acordo com os el<strong>em</strong>entos dos autos e pelas assertivas<br />

deduzidas pelas partes, não se poder concluir pela viabilidade da<br />

pretensão autoral.<br />

Pelas regras de experiência comum, depreende-se que as<br />

partes moram <strong>em</strong> local onde há muitas unidades residenciais,<br />

situação <strong>em</strong> que os ruídos, normalmente, quaisquer que sejam<br />

eles, são mais facilmente perceptíveis, de modo que cabe aos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!